Mais ao menos em fevereiro deste ano, quando decidimos tentar ter um filho, e consciente que iria ser uma dura batalha, comecei a inteirar-me do assunto FIVs e ICSIs (uma vez que sabia que o nosso caminho teria que ser traçado por aí), fiquei a conhecer o Forum de Mãe para Mãe. Naquela altura, dotada de toda a minha clareza de espírito e discernimento, vi depoimentos de mulheres completamente afetadas por esta crueldade que é querer ter um filho e não poder, seja qual for o motivo. Eu por exemplo, nem sei se num descuido não engravidaria logo, mas não quero correr o risco de ter um filho que não seja saudável. Mas bom... isto para dizer que ao deparar-me com o sofrimento daquelas pessoas prometi a mim mesma que não ia deixar que isto me afetasse a esse ponto. Fosse qual fosse o desenrolar da história não iria deixar que isto fosse o centro da minha vida. Estava bem enganada. Há já muito tempo que não penso em outra coisa que não seja contar dias, buscar informação... e estou cansada disto.
A semana passada, aquando o episódio dos quistos, quando eu achava que finalmente iria passar à acção, e a vida voltou a trocar-me as voltas, fiquei sem chão. Vendo bem... os quistos são o menor dos meus problemas. Adiar um ciclo seria a melhor coisa que me poderia acontecer. Acho sinceramente que os quistos não vão desaparecer rapidamente, mas isso continua a ser o menor dos meus problemas. Tudo isto para dizer que, a semana passada quando soube que não ia começar para já o tratamento, o meu mundo desabou. E percebi que, tal como as mulheres que outrora tinha dito que jamais me tornaria igual, estava a ficar obcecada com isto.
O meu ponto de viragem foi quando discuti com o meu marido porque ele não esteve presenta na consulta que soube dos quistos e percebi que estava a ser uma parva. Não esteve presente porque sendo médico e estando a operar, as cirurgias não correram como ele queria e atrasaram imenso. E eu, parva que sou, não estava a entender que há vida além disto e é óbvio que ele não podia interromper o que estava a fazer. É como se o médico que me fez a punção tivesse saído a meio porque a mulher estava a ter um chilique. Só uma pessoa mentalmente perturbada não entende isto. E eu estava a ficar mentalmente perturbada. Estava a deixar que isto se tornasse o centro do meu mundo, estava a esquecer do meu casamento, que é a melhor coisa que eu tenho. Quando ele me disse que aguentaria e estava preparado para tudo, menos para me ver triste, percebi que tenho que estar bem comigo mesma para que isto resulte. Tenho que estar bem porque a vida pode ser demasiado curta para eu perder todos os minutos a pensar que ter um filho poderá não acontecer. E além disso, que tenho um casamento maravilhoso, um marido pelo qual me apaixono todos os dias e que até fevereiro era o centro do meu mundo e assim deve continuar a ser.
Com este longo desabafo digo que percebi imensa coisa. As coisas acontecerão como e se tiverem que acontecer. Não consigo passar muito tempo sem pensar nisto, mas tenho que ver além disto, viver além disto. Há tanta coisa boa e bonita a acontecer que eu tenho que aproveitar.
A semana passada, aquando o episódio dos quistos, quando eu achava que finalmente iria passar à acção, e a vida voltou a trocar-me as voltas, fiquei sem chão. Vendo bem... os quistos são o menor dos meus problemas. Adiar um ciclo seria a melhor coisa que me poderia acontecer. Acho sinceramente que os quistos não vão desaparecer rapidamente, mas isso continua a ser o menor dos meus problemas. Tudo isto para dizer que, a semana passada quando soube que não ia começar para já o tratamento, o meu mundo desabou. E percebi que, tal como as mulheres que outrora tinha dito que jamais me tornaria igual, estava a ficar obcecada com isto.
O meu ponto de viragem foi quando discuti com o meu marido porque ele não esteve presenta na consulta que soube dos quistos e percebi que estava a ser uma parva. Não esteve presente porque sendo médico e estando a operar, as cirurgias não correram como ele queria e atrasaram imenso. E eu, parva que sou, não estava a entender que há vida além disto e é óbvio que ele não podia interromper o que estava a fazer. É como se o médico que me fez a punção tivesse saído a meio porque a mulher estava a ter um chilique. Só uma pessoa mentalmente perturbada não entende isto. E eu estava a ficar mentalmente perturbada. Estava a deixar que isto se tornasse o centro do meu mundo, estava a esquecer do meu casamento, que é a melhor coisa que eu tenho. Quando ele me disse que aguentaria e estava preparado para tudo, menos para me ver triste, percebi que tenho que estar bem comigo mesma para que isto resulte. Tenho que estar bem porque a vida pode ser demasiado curta para eu perder todos os minutos a pensar que ter um filho poderá não acontecer. E além disso, que tenho um casamento maravilhoso, um marido pelo qual me apaixono todos os dias e que até fevereiro era o centro do meu mundo e assim deve continuar a ser.
Com este longo desabafo digo que percebi imensa coisa. As coisas acontecerão como e se tiverem que acontecer. Não consigo passar muito tempo sem pensar nisto, mas tenho que ver além disto, viver além disto. Há tanta coisa boa e bonita a acontecer que eu tenho que aproveitar.