17 de agosto...
Voltaremos ao IVI. Voltaremos a ter consulta com a nossa querida Dra. Catarina para fazermos um ponto da situação. Saber se poderemos utilizar os embriões restantes, saber como andam os meus ciclos. Estou a tomar a pílula, espero que os meus ovários açanhados estejam em calmaria.
E eu como me sinto?
Sei lá como me sinto. Sinto-me plena, realizada e feliz com a Ali. Não preciso de mais nada. Mas penso que a Ali será mais feliz se tiver um irmão. O meu marido quer muito fazer as transferências. Está todo motivado. Eu irei fazê-las por ele e pela Ali.
Não me imagino a passar por uma gravidez novamente. Foi muito complicada a nível emocional. Se por acaso, por milagre, alguma das transferências correr bem, tenho que gerir uma próxima gravidez de maneira diferente. Não posso viver em pânico 30 e tal semanas. Não o poderei fazer pela minha filha. O meu casamento ressentiu.
Agora que me sinto bem, equilibrada emocionalmente, o meu casamento está a recuperar de toda a indiferência que lhe depositei durante os anos de tratamentos, e principalmente durante a gravidez, vou entrar neste mundo novamente... mas a ser, tem que ser agora. No final do ano faço 35 anos, o meu problema de saúde irá trazer-me limitações de saúde mais cedo ou mais tarde. Tem que ser já, e já é tarde.
Uma coisa terei que trabalhar em mim Tenho que encarar os tratamentos de maneira diferente, pelo meu bem, e pelo bem da minha família. Não posso deixar que me afectem como me afectaram. Eu tenho uma filha. Ela é o mais importante, o que vier a mais, se vier, será muito bem vindo e seremos ainda mais felizes.