As notícias ontem não foram as melhores. Mas pelo menos trouxeram-nos algumas justificações para poderemos encarar o futuro.
Basicamente não é por sabermos a realidade das coisas que elas se alteram. Eu sempre tive esta condição, sabe-la não a torna pior. Na verdade até é melhor pois permite fazer a terapêutica que acham adequada nestes casos. Que alguma coisa se passava já nos sabíamos, tinha que haver um motivo para o insucesso. Com as taxas de sucesso das técnicas de PMA de hoje em dia, bons embriões e bom endometrio tem que haver gravidez (de termo de preferência). Se não há é porque há mais alguma coisas. Nos últimos tempos tenho sabido de imensos casais de recorrem à PMA e todos foram bem sucedidos. Agora entendo o porquê de nós não sermos. Continua a ser uma porcaria esta realidade, não a posso alterar, mas pelo menos entendo-a.
Ontem eu e o meu marido traçamos um plano. Não sei se o cumpriremos, pois nunca se sabe, mas pelo menos temos uma base. Após esgotarem-se estes embriões, vamos fazer o tratamento que for imunologicamente melhor. E aqui há muita coisa que ainda não sabemos. Teremos que nos aconselhar com a Dra. C. e fazer análises para saber se o conjunto do meu material genético + o do meu marido dará embriões "neutros" ou se será vantajoso adicionar uma dadora que será estudada para dar a tal "neutralidade". Bem marado isto!!! Após esta conclusão faremos um dgpi ou uma nova doação. E depois acabou. Encerram-se as portas da PMA. Tentamos tudo que podíamos. Depois disso tentaremos naturalmente durante algum tempo. Depois existe a amniocentese. E depois logo se vê.... Mesmo naturalmente pode ser que nunca aconteça. E se assim for é porque terá que ser. Iremos olhar para trás a saber que tentamos tudo que podíamos. O meu marido pensa que mais um ano e temos o assunto da PMA resolvido (com ou sem sucesso). Até lá, vamos vivendo.