sábado, 31 de dezembro de 2016

Balanço de 2016

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Agora que 2016 está mesmo mesmo a chegar ao fim está na hora de fazer um balanço. Por mais doloroso que possa ser.

Nos primeiros dias do novo ano fará 1 ano que esta caminhada começou. Em 2016 confirmei que tenho uma mutação genética que posso transmitir aos meus descendentes. Depois de chorar tudo que havia a chorar, e porque a nossa situação financeira nos permite, procuramos saber quem melhor nos podia ajudar. Marcamos consulta na IVI para fevereiro e no Centro de Genética da Reprodução - Professor Alberto Barros para Março. Esperamos 2 meses pela consulta da clínica AB, mas não havia stress. Ainda estávamos a começar, estava eu cheia de sonhos e com a certeza que era só dar umas picas e já estava. O meu marido sempre muito mais consciente das dificuldades, não fosse ele médico. As duas consultas feitas, e como somos mais perto do Porto que de Lisboa optamos pela clínica AB. Em junho estava tudo pronto, e fizemos a 1º ICSI com uma estimulação extensa e difícil mas que acabou com um número razoável de embriões no entanto sem nenhum viável para transferir. Pausa feita para recuperação dos ovários em setembro achávamos que iríamos avançar para a 2º ICSI. Só que não... de setembro até hoje, 3 meses!, vejo-me em luta contra quistos funcionais provavelmente resultado da primeira estimulação. E assim se passou um ano. Um ano penoso, com mais frustrações que conquistas. 

Hoje sou muito mais consciente das dificuldades. Não sei se algum dia irá correr bem. Muito menos com os meus óvulos. Mas conheci novos conceitos como ovodoação. E isso trouxe-me alguma esperança. Foi um ano cheio de descobertas, de auto-conhecimento e auto-superação. Não foi fácil. Não é fácil. Mas tenho alguma fé em 2017. 2017 será um ano crucial, para o bem ou para o mal, só o tempo o dirá.

Tirando a história deste longo post que vocês já conhecem... só tenho coisas boas a agradecer a 2016. Porque quem vê a minha vida de fora, provavelmente acha que é uma Fairy Tale.

Boas entradas em 2017 minhas queridas e espero, de coração, que seja um bom ano para todas vocês! 


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

So far do good

Sending you all some positive vibes! :-) #lettering #handlettering #paperfuel:  

Claro que ainda é muito precoce, foram só 3 dias de picas de decapeptly 0,1, mas até agora não sinto qualquer efeito secundário. 

A preparação da pica parece muito complicado (e é, o que me vale é o meu marido que a tem preparado todos os dias), mas a coisa vai ficando cada vez mais simples. Assim como a administração. No primeiro dia, talvez o facto de ser dia 24 não tenha ajudado muito, foi bastante desconfortável. O nosso destreino valeu-me uma nódoa negra que ainda hoje persiste, mas nos 2 dias seguintes correu na perfeição e cada dia custa menos.

Pode correr tudo mal na verdade. Mas até ver... ainda é possível. Nada está perdido.  

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. So far so good....

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Feliz Natal :)

Merry Christmas not happy holidays !!!!!:

Feliz Natal minha queridas :)

Espero que sejam muito felizes nestes dias festivos. 

Algumas, tal como eu, sentirão um vazio, mas não se esqueçam de agradecer as coisas boas que têm e de renovar a energia positiva junto da família mais querida.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Countdown

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Por esta altura estamos todos em contagem decrescente para o natal. 

E eu igualmente em contagem decrescente para iniciar a administração diária de Decapeptly 0,1. E estou cheia de medo. Medo do desconhecido que é este protocolo. Se fosse o curto já sabia para o que ia, assim não sei. Medo dos efeitos secundários, medo de uma hiperestimulação (se chegarmos lá claro), medo de cancelar o tratamento logo na primeira eco dia 4 de janeiro, e medo de chegar ao final sem embriões para transferir. Medo, medo, medo... até tenho medo de não saber preparar a injecção. Aplicar a pica eu consigo, mas não sei se serei capaz de prepará-la e não estou a ver o meu marido a conseguir estar em casa às 20h todos os dias. Terei que aprender, que remédio. Pensava que o primeiro tratamento era o mais difícil, mas não é. A "santa ignorância" vale ouro neste trajecto. E depois este adiar constante por causa dos quistos tirou-me quase todo o otimismo. São só quistos funcionais. O menor dos meus problemas. Mas são chatos à brava. 

Mas não estou triste, nem desanimada. Estou calma. Afinal de contas pode correr bem. É mais provável que corra mal, mas pode correr bem. Para este natal só peço mesmo calma e serenidade para aceitar o que tiver que ser. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Obrigada

obrigada SENHOR. . . QUÃO É O SEU AMOR!!!  ✨✨✨✨✨✨✨✨✨ ✨✨✨✨✨  ✨✨✨✨ Sol Holme ✨✨✨✨✨ ✨✨✨✨✨✨✨✨✨ ✨✨✨✨✨:

Obrigada minhas queridas por todos os comentários que eu, estupidamente, não estava a aceitar :)

É muito bom para mim poder desabafar um bocadinho aqui por este meio. E obrigada por me chamarem à razão de vez em quando. 

Estão todas no meu coração e desejo-vos o melhor do mundo :)
(Todas sabemos do que se trata ;) )

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

State on mind

At the end of the day, all you need is hope and strength. Hope that it will get better, and strength to hold on until it does.:

Estes dias têm sido realmente... difíceis. 

É jantar/ almoço de natal atrás de jantar/ almoço de natal e nova gravidez atrás de nova gravidez. E eu fico feliz por os meus amigos... como não ficar? Mas tenho tanta pena de mim própria. E do meu marido. Por mais que ele se chateie comigo por pensar estas coisa, é verdade é que não consigo evitar. Ele não precisava de passar por nada disto. 

Eu sei que ajudava se eu acreditasse que este tratamento vai correr bem. Mas não acredito. Mesmo nada. Não sei porquê... mas não confio nos meus ovários. 

A parte boa é que já passou 1 mês e qualquer coisa desde a consulta da IVI e neste momento estamos mais perto de encontrar uma dadora compatível comigo. E nesse tratamento deposito alguma esperança. Confesso que é esse alento que me move. Mas tanta, mas tanta coisa pode correr mal. 

Eu sabia que esta altura do natal ia ser realmente complicada. As emoções estão mais à flor da pele e é mais difícil ser racional. Só espero mesmo encontrar força para continuar este caminho. 

sábado, 10 de dezembro de 2016

State on mind

Deixe sua fé ser maior do que seu medo!:  
Isto tem sido cá uma luta ter alguma fé que vai correr bem e tentar fintar o medo.  

Ainda nem comecei o tratamento, na verdade ainda falta uma eternidade para dia 24, mas estou paralisada de medo. Neste momento sinto os meus ovários cheios de quistos e já SEI que quando for à consulta dia 4/1 o Dr. vai cancelar todo o protocolo. E ainda nem comecei vejam só?! Estou a ficar xexé de todo. 

É curioso que, analisando o meu comportamento, eu vejo que não tenho a menor fé que isto vá dar certo. Podia, por exemplo, ao comprar umas calças de ganga novas pensar que talvez não lhes vá dar grande uso. Mas não penso isso. Isso nem me ocorre quando vou às compras. Podia ficar a suspirar quando passo em lojas de criança, mas limito-me a ignorá-las e a sentir que é área do shopping que jamais frequentarei. Submeto-me a tratamentos hormonais (e parece-me que este não vai ser nada agradável) sem a menor fé que vá correr bem. Mas então porquê que os faço? Acho que os faço para ficar com a consciência tranquila de que fiz de tudo. É porque terá que ser assim.

E com isto não pensem que não quero um filho. Porque quero. Na verdade acho que é a única coisa que quero mesmo nesta vida. Mas depois é tudo tão difícil... Isto não é para fracos não senhor. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

2ª ICSI - o início

The best is yet to come.:  

Porque criei este blogue para registar a minha experiência com a infertilidade tenho que registar o dia de hoje, ou melhor de ontem. Aconteça o que acontecer iniciou-se ontem a 2ª ICSI. Tal como já referi, desta vez o Dr. C. quer fazer o protocolo longo. A ideia deste protocolo, de uma forma muito simplificada, é antes de estimular os ovários, primeiro bloqueá-los. Estou curiosa para ver a eficácia deste tratamento no meu organismo. Será que teremos mais e melhores ovócitos? Será que não? A ver vamos... Só sei que não vai ser nada fácil quase 30 dias de picas.

O plano para os próximos tempos em datas é o seguinte:
4/12/16 - 1º dia do ciclo
24/12/16 - 21º dia do ciclo e início da administração diária subcutânea de Decapeptyl 0,1mg até dia 3/1/17
4/1/17 - Eco 

Pelo menos 11 dias de Decapeptyl são certos. Na eco de dia 4 de janeiro saberei as cenas dos próximos episódios. Já viram que dia calha o 1º dia de picas? 24 de dezembro.Que bela prenda de natal vou ter. No primeiro tratamento iniciei as picas no aniversário de casamento. Só espero não somar mais uma experiência negativa a uma data bonita.

Se estou confiante? 
Não. Pelo menos ainda não. Será um protocolo mais extenso, de maior desgaste emocional. Tenho imenso medo de ter que cancelar pelo meio como quase aconteceu na 1ª ICSI. Tenho um medo maior que tenha o mesmo desfecho: zero embriões para transferir. Muita coisa pode acontecer. Só me resta uma opção: não pensar muito nisto e aceitar tudo que possa acontecer.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sobre a consulta de ontem

Ontem enquanto esperava pela consulta na sala de espera da clínica, perguntava-me se algum dia iria ser mais confortável estar naquela sala de espera. Sempre foi com muita ansiedade que me sentei ali à espera da consulta. E ontem não era exceção. Mas ontem foi bom. Menos mau pelo menos.

Parece que a pílula cumpriu a sua função e os meus ovários reuniam condições para começar o tratamento. Só tinha um quisto no ovário esquerdo e muito mais pequeno. Mas mesmo assim o Dr. C. quer fazer o protocolo longo. Não quer correr riscos com os assanhados dos meus ovários. Que assim seja. Mas não vai ser agora. Bastava isto atrasar um dia ou dois que estávamos em cima de dia 25. E todos sabemos que nessa altura do ano tudo (ou quase tudo) funciona a meio gás. Basicamente senti que o Dr. deixou nas minhas mãos a decisão de avançar agora ou esperar para janeiro. Ora eu, sentindo a hesitação dele, sabendo que preciso de 2 laboratórios a funcionar em pleno (o do clínica e o do Hospital de São João), e o facto que já ter sofrido uma terrível e dolorosa perda nesta altura do ano, perda essa que me nunca mais me fez sentir esta altura do ano como gostaria de sentir, estava claro na minha cabeça que esperaríamos para janeiro. Embora o meu marido não esteja cá, já tínhamos conversado sobre essa possibilidade e também ele concordava que é melhor esperar para janeiro. 

Ora, ontem pela primeira vez em muito tempo, saí da clínica sem me sentir miserável. Ontem senti-me com uma esperança renovada. Mas rapidamente racionalizei a situação. Continua a ser pouco provável que em janeiro consiga uma gravidez. Tenho medo que este mês sem pílula volte a ter quistos que impeçam o tratamento (acho que não pois o decapepty que vou tomar antes da gonal serve precisamente para frenar os ovários, mas sei lá...). Continuo a precisar de muitos ovócitos para ter alguma chance de ter um embrião saudável... é um caminho bastante duro o que terei pela frente.E acima de tudo tenho medo que este tratamento coincida com novidades da IVI e aí terei que tomar, novamente, uma das decisões mais difíceis da minha vida.  

Acho que este ano só pedirei ao Pai Natal serenidade para enfrentar o novo ano que terei pela frente. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Em jeito de desabafo

Yes is does. Especially when you watch the news and see how many truly awful mothers are in this world and you know how much you'd treasure your children if you could have them.:

Adorava vir aqui escrever coisas bonitas como "acredito que no fim vai dar tudo certo", "vai acontecer", "um dia vai chegar a nossa hora" ou "este será o último natal em que seremos só dois lá em casa". Mas na realidade já não acredito em nada disso. Cada vez acho mais difícil. Cada vez são mais difíceis os telefonemas para a clínica para marcara ecografias. Tinha indicação do Dr. C. para tomar a pílula até hoje e depois tenho que ir lá para ele ver como "isto" está. Na remota possibilidade de os quistos estarem inativos só tenho que esperar pelo red para começara  estimulação. Se continuarem a produzir hormonas que não devem é para iniciar o protocolo longo. 

O objetivo deste protocolo é fernar os ovários antes de estimula-los. Claramente os meus precisam de ser fernados e não me parece que o pílula o tenha feito. Não vou dizer que sinto a pressão nos ovários que sentia nos ciclos passados, porque até não tenho sentido nada, mas pelo que vejo por esta internet fora, a pílula demora meses a parar os sacanas dos ovários. Assim sendo estou preparada para o protocolo longo. Mas não sei se será para iniciá-lo agora... estamos a entrar em dezembro e dezembro não será um bom mês para fazer um tratamento destes. Provavelmente a clínica não quererá e sinceramente... eu também não. Assim sendo na sexta irei à consulta (sozinha... o meu marido tem que viajar em trabalho, e só Deus sabe o que me custa ir a estas consultas sozinha) com as expectativas completamente a nível do zero. Penso que só lá para 2017 é que haverá acção neste drama que tem sido a minha vida reprodutiva. E espera-me quase 1 mês de picas.

Aqui vai alguma informação sobre o protoloco longo.

  • • Fase de bloqueio - 14 dias
  • • Medicações empregadas nessa fase: Gonapeptyl Daily ou Lupron, poderá ser iniciada em qualquer dia do ciclo menstrual.
  • • Realização de exames de ultrassom e dosagem de estradiol para verificar a possibilidade de começar a fase de estimulação propriamente dita.
  • Fase de estimulação - 9 a 12 dias
Em alguns casos pode demorar mais tempo para que os folículos atinjam o tamanho ideal. Medicações empregadas nessa fase: FSH recombinante (GONAL – F) e no final o HCG (Ovidrel), ministrado para a maturação final dos óvulos, 35 horas após o Ovidrel, deve ser feita a aspiração dos óvulos.
Após a aspiração, são iniciadas outras medicações de suporte e preparo do útero. A transferência dos embriões pode ocorrer em 48, 72 horas ou até cinco dias após a aspiração dos óvulos. A decisão cabe aos biólogos e corpo clínico, após analisar o caso.
Medicamentos
• GnRha: pode ser Lupron; Gonapeptyl Daily
• FSH-rec: pode ser Gonal-F; Puregon; Elonva
• HCG-rec: Ovidrel 250 mcg
• Progesterona: pode ser Utrogestan 200 mg; Crinone 8%
Podem ser usados também outros medicamentos:
• LH-rec: Luveris
• FSH-rec + LH-rec: Pergoveris
• FSH+LH: Menopur
• FSH: Bravelle

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Ponto da situação

E pronto... voltei! 

Achavam que se livravam de mim assim tão fácil? 

As férias foram boas e sem computador daí a minha ausência. Não que não tenha pensado neste nosso "lindo" assunto em comum, não que tinha ignorado esta "maravilhosa" fase da minha vida. Mas simplesmente resolvi aproveitar ao máximo o tempo com o meu marido que até ver é o centro do meu mundo, e até tenho novidades.

Então foi assim: entre conhecer sítios novos fora do nosso país e voltar a um sítio onde somos sempre tão felizes neste país à beira mar plantado (é verdade, nós temos o dom de fazer render as férias!), ainda deu para dar um saltinho a Lisboa para ter consulta na IVI. E correu muito bem. Na verdade não pensei que corresse tão bem. Eu sei que há muita gente que tem reservas em relação à clínica, mas eu só posso dizer bem de tudo por lá. Principalmente da  Dr. Catarina Godinho.É verdade que (ainda) não fiz nenhum tratamento por lá, e aí sim as coisas ficam a sério. Mas a IVI continua a ser o plano B. 

Vamos agora ao plano A - fazer nova estimulação com os meus óvulos. Pois que os meus quistos continuam por cá. Com quistos não há estimulação para ninguém pois os quistos comprometem o funcionamento dos ovários, que já não é nenhuma maravilha aqui por estes lados. Desde setembro que ando nisto. Consulta no início de ciclo, análise hormonal e adiamento de tratamento. E estou a ficar realmente saturada disto. A boa notícia é que FINALEMNTE o Dr. C. resolveu fazer alguma coisa. Iniciei a pilula ontem e irei tomar até dia 30 de novembro. Nesse dia faço uma ecografia e análise hormonal. Se os quistos estiverem inativos quando menstruar início o tratamento. Se estiverem ativos (Claro que vão estar! Estiveram aqui este tempo todo e vão desaparecer com 15 dias de pílula? Óbvio que não. E eu não sou médica é só uma suposição.). Mas bom, nesse dia passaremos a um protocolo longo. Irei tomar uma injecção para bloquear os ovários e depois esperar a menstruação para iniciar. Deve ser o famoso Decapeptyl. Será que será em dezembro? Já não sei nada. 

Ontem voltei a ficar mesmo triste. Caramba já terei tantas dificuldades para a frente, custava muito estar em condições de começar o tratamento? Mas hoje é um novo dia... alguma coisa se há-de arranjar. 

sábado, 5 de novembro de 2016

E é tudo por agora

25 Quotes about Strength:

Hoje começam as FÉRIAS. 
Não serão em nenhum local paradisíaco e adivinhem porquê? Na próxima semana iniciar-se-á um novo ciclo e como tal as férias tiveram que ser planeadas de forma a estar por cá para ir à clínica quando começar o novo ciclo. Mas férias são sempre férias e estava desesperadamente a precisar destas. 

Amanhã começo a tomar Estrofen, que ainda não sei qual o efeito, e mais uma vez pergunto-me para quê?! Quanto a iniciar um novo tratamento no novo ciclo digamos que a minha esperança é 5% mais coisa menos coisa.. E porquê? Não sei... eu sinto. Aquelas coisas que inexplicáveis. E também sei que começo a desesperar com isto. Vejo pessoas que já fizeram 3 tratamentos em igual período que eu fiz 1. E supostamente eu não tinha problema nenhum nos ovários nem sequer reprodutivos. Sorte fantástica a minha. 

Ainda acho que isto vai correr bem. De alguma forma vai correr bem. Só não consigo visualizar o caminho.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Paciência

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Por esta altura poderia estar a fazer a punção... ou perto disso. Em vez disso vou ter um fim de semana daqueles mesmo bem passados e começa já hoje à noite com um jantar com antigos amigos da faculdade. Se estivesse a meio do tratamento não sei se poderia ter o fim de semana que vou ter. Pelo menos não com a mesma disposição. E tudo isto sou eu a tentar ver o lado positivo da situação. Desta espera, e espera, e espera... Se no próximo ciclo não der para iniciar o tratamento, sinceramente não sei como irei lidar com isso, mas até lá Carpe Diem que não posso fazer nada e não. 

Mas este post é sobre paciência. Sobre a paciência que terei que ter durante a tarde de hoje para trabalhar com uma colega que está grávida. Serão 5h em que terei que trabalhar a minha ausência de espírito. É que uma pessoa está na situação que está e ainda tem que levar com "xiliques" de grávida ninguém merecer. 

Eu sou boa pessoa, a sério. Não me vejam como uma frustrada insensível. Se isto durar muito tempo não sei se não me tornarei, mas para já, está tudo controlado. Só não tenho paciência para aturar pessoas a queixarem-se de problemas, que na realidade não são problema nenhum, como o género "agora não posso comer nada que fico logo cheia...que horror" ou "Tenho que andar sempre com a mesma roupa, que nada me serve". Eu compreendo que há muita coisa que não deve ser nada fácil numa gravidez, mas comparado com a ausência dela, parecem-me trivialidades. Além disso essa minha colega está a ter uma gravidez santa como se costuma dizer, até imune à toxaplasmose é e pode comer quase tudo que quer. Ter que levar com isto 5h, ainda por cima há sexta feira tira-me a paciência. 

Mas eu sou boa pessoa, a sério que sou. (Agora colocaria um lol, mas como sei que já não se usa, deixo-vos um sorriso pois sei que no fundo compreendem a minha falta de paciência para aturar isto.)

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Desistir não é o caminho (ainda...)

Na terça feira voltei a sentir-me miserável. 
Começo a acreditar seriamente que tenho que me preparar para a possibilidade de nunca acontecer. Mas ainda não é o momento de desistir. Ontem lembrava-me de uma conversa que tive com a minha mãe há dias sobre a filha de uma colega dela que já conta mais de 40 anos, está em lista de espera para adoção, e prepara-se para desistir pois o processo já vai longo e já teve quase a ser concretizado e acabou por não "ficar" com a criança. Mas o que me fez reflectir foi a observação da minha mãe "a única maneira de ter filhos biológicos era com inseminação (a minha mãe não sabe a diferença de IUU, FIV, ICSI - e ainda bem para ela, quanto mais ignorante for melhor para ela), e ela não quis passar por tudo isso, optou por adotar". E eu pensei "que cobarde, desistir sem sequer tentar". Atenção que eu admiro imenso quem adota. Eu própria adotaria se fosse um processo menos desgastante que este de tentar ter um filho biológico. Mas não é. É tão ou mais desgastante e complexo. Mas há dias atrás critiquei quem se quis resguardar deste desgaste todo, mas ontem senti que talvez também seja uma cobarde. Secalhar não tenho força para lutar por isto por tempo indeterminado. Secalhar também não é para mim. É que é desilusão atrás de desilusão (e ainda pode piorar bastante).

Mas hoje sinto que não posso desistir para já. Não sem antes esgotar todas as alternativas que tenho. Farei tudo para dar um filho ao meu marido. Para que ele fique com a melhor recordação minha possível. Lutarei para ter um mini-marido. É que eu tenho tanta adoração e amor por ele que adorava contribuir para que os seus genes se perpetuassem... (mesmo que ele me diga que isso não é assim tão importante para ele, que é feliz só comigo, não precisa de ter filhos para se sentir feliz e realizado). Mesmo que não seja biologicamente meu. Para isso no próximo mês temos uma consulta na IVI. Quero pôr todas as cartas em cima da mesa. Explorar todas as opções... antes de desistir. Preciso de ter um plano, andar aqui a ver se quistos vão ou quistos vêm é que acaba comigo. E a vida, a minha vida, pode ser demasiado curta para me sentir constantemente miserável. 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Mais um ciclo

Progesterona elevada.

Aguardar mais um ciclo! Qualquer dia desisto desta porcaria toda.

E é isto a minha vida

Consulta feita.

Nem sei por onde começar. Quistos funcionais continuam por cá. Um no ovário esquerdo e dois no ovário direito. O Dr. T. (o DR. C. não está, quem me vai acompanhar o Dr. T. Para mim é igual. Um tem umas coisas boas outro tem outras. Adiante, gosto dos dois.) não tem dúvidas que são quistos funcionais e resolveu, depois de ponderar, iniciar a estimulação. Quer dizer, ainda não sei se é para começar. Fiz análise ao estradiol e à progesterona e só sei por volta das 17h se é para começar ou não. Só começo se a progesterona estiver baixa. Com a minha sorte vai estar alta e nada feito para já, mas adiante às 17h saberei.

Mas há mais boas (MÁS) notícias. O Dr. T. acha que a progesterona estará boa e os quistos não o preocupam porque acredita que é o corpo amarelo a regredir e já vê a cicatrização. Até aqui tudo bem. A má notícia é que o Dr. prevê dificuldade na estimulação. Tal como na primeira ICSI. Parece que fisiologicamente funciono bem (as análises ao FSH, LH estã ótimas e a AMH é boa) mas anatomicamente os meus ovários não são lá grande coisa. São pequenos pelo que entendi.. Quer dizer que nunca terei uma resposta por aí além. O que é mau. Vou começar com uma dose muito elevada de Gonal. Aí está o medo do Dr. T. (E o meu... mas que seja. Tenho que tentar tudo antes de passar para o meu plano B.)

Basicamente terei que esperar pelas 17h para saber se é para começar. Se estiver tudo bem com a progesterona e o estradiol faço 3 dias de Gonal 300ml. Sexta feira irei fazer eco para ver como é a resposta. Aí decidimos se é para avançar ou parar. 

Nada é fácil. Podia pelo menos alguma coisa correr bem e estar bem. Férias em stand by pelo menos até ao final do dia. E é isto a minha vida.  

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Novo ciclo

Break free from the norm, life is for excitement @SmartBuyGlasses…:

Finalmente amanhã vou ver como estão os meus queridos e tão adorados quistos (só que não!). 

Nunca é fácil para mim fazer o simples telefonema para a clínica a dizer que iniciou um novo ciclo. Tantos dias à espera e depois parece que paraliso e pareço uma tonta a fazer o telefonema. E eles são muito simpáticos... imagina se me atendesse uma voz mal disposta!

Amanhã não vou com esperança de começar o tratamento. Vou com esperança que os quistos tenham regredido alguma coisa, que estejam a evoluir bem. Sei que terei que esperar. Mas nunca é fácil para mim ir até lá... esperar pela consulta... fazer ecografia, ouvir as novidades pela boca do Dr. (que poucas vezes foram boas). Ainda bem que o meu santo marido amanhã consegue ir comigo. 

Pelo menos amanhã poderei decidir o destino e marcar as minhas tão desejadas FÉRIAS.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

State on mind

Keep going #quotes #life:

Os últimos dias não têm lá muito fáceis aqui por estes lados... deve ser da TPM. 

Não saber como estão os meus queridos quistos, o tempo que não passa, saber de gravidez atrás de gravidez tem arrasado comigo. E o pior é que detesto sentir-me assim. Não pode ser. A vida é como tem que ser e acabou.
É congelar esses sentimentos. 
É o aproximar de um novo ciclo que no SEI que não acontecerá nada de novo... novamente. Lá vou eu ter que fazer uma ginástica enorme no trabalho para ir a uma consulta no início do ciclo para nada. Ando a tomar Estrofen não sei para quê. Para nada acontecer novamente. (Secalhar vou perguntar ao Dr. porquê que quer que tome Estrofen a partir do 21º dia do ciclo... É Estrofen e Folicil. Sempre que tomo um comprimido fico a pensar: "para quê?!").  Eu SEI que os quistos ainda estão aqui... não desaparecem em 4 semanas. Eu sinto-os (tem dias que acho que sim, tem outros que acho que não... enfim!).

Eu preciso que os quistos desapareçam, preciso de fazer um novo tratamento para, se não for bem sucedido (que não vai ser), passar para o plano B e andar com a vida para a frente. 2017 vai ser "O" ano. Este impasse está a deixar-me maluquinha da cabeça. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

E ao 7º dia do mês de outubro

Nada de novo.

Aliás nada de novo neste processo é uma constante. 

Tenho que esperar que me venha o período para fazer eco e ver como estão os meus amigos quistos. Dependendo dessa eco tenho que marcar as minhas férias que serão em novembro e calham no início do ciclo de novembro. O que será uma chatice se o Dr. C. quiser monitorizar os quistos no início do ciclo de novembro pois lá se vão os grandes planos para as férias. Aliás planos para o ar é que mais tem acontecido na minha vida, não será nada de novo. Também existe a possibilidade de os quistos terem crescido e multiplicado-se e o Dr. mandar tomar a pílula ou tirá-los fora... o que não será mau de todo, assim posso voltar a fazer planos para as férias.

Neste momento é só isso que me alimenta a alma... as férias!

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Em jeito de desabafo...

Mais ao menos em fevereiro deste ano, quando decidimos tentar ter um filho, e consciente que iria ser uma dura batalha, comecei a inteirar-me do assunto FIVs e ICSIs (uma vez que sabia que o nosso caminho teria que ser traçado por aí), fiquei a conhecer o Forum de Mãe para Mãe. Naquela altura, dotada de toda a minha clareza de espírito e discernimento, vi depoimentos de mulheres completamente afetadas por esta crueldade que é querer ter um filho e não poder, seja qual for o motivo. Eu por exemplo, nem sei se num descuido não engravidaria logo, mas não quero correr o risco de ter um filho que não seja saudável. Mas bom... isto para dizer que ao deparar-me com o sofrimento daquelas pessoas prometi a mim mesma que não ia deixar que isto me afetasse a esse ponto. Fosse qual fosse o desenrolar da história não iria deixar que isto fosse o centro da minha vida. Estava bem enganada. Há já muito tempo que não penso em outra coisa que não seja contar dias, buscar informação... e estou cansada disto.

A semana passada, aquando o episódio dos quistos, quando eu achava que finalmente iria passar à acção, e a vida voltou a trocar-me as voltas, fiquei sem chão. Vendo bem... os quistos são o menor dos meus problemas. Adiar um ciclo seria a melhor coisa que me poderia acontecer. Acho sinceramente que os quistos não vão desaparecer rapidamente, mas isso continua a ser o menor dos meus problemas. Tudo isto para dizer que, a semana passada quando soube que não ia começar para já o tratamento, o meu mundo desabou. E percebi que, tal como as mulheres que outrora tinha dito que jamais me tornaria igual, estava a ficar obcecada com isto.

O meu ponto de viragem foi quando discuti com o meu marido porque ele não esteve presenta na consulta que soube dos quistos e percebi que estava a ser uma parva. Não esteve presente porque sendo médico e estando a operar, as cirurgias não correram como ele queria e atrasaram imenso. E eu, parva que sou, não estava a entender que há vida além disto e é óbvio que ele não podia interromper o que estava a fazer. É como se o médico que me fez a punção tivesse saído a meio porque a mulher estava a ter um chilique. Só uma pessoa mentalmente perturbada não entende isto. E eu estava a ficar mentalmente perturbada. Estava a deixar que isto se tornasse o centro do meu mundo, estava a esquecer do meu casamento, que é a melhor coisa que eu tenho. Quando ele me disse que aguentaria e estava preparado para tudo, menos para me ver triste, percebi que tenho que estar bem comigo mesma para que isto resulte. Tenho que estar bem porque a vida pode ser demasiado curta para eu perder todos os minutos a pensar que ter um filho poderá não acontecer. E além disso, que tenho um casamento maravilhoso, um marido pelo qual me apaixono todos os dias e que até fevereiro era o centro do meu mundo e assim deve continuar a ser.

Com este longo desabafo digo que percebi imensa coisa. As coisas acontecerão como e se tiverem que acontecer. Não consigo passar muito tempo sem pensar nisto, mas tenho que ver além disto, viver além disto. Há tanta coisa boa e bonita a acontecer que eu tenho que aproveitar. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Quisto no ovário

Se a temática quistos interessar a alguém aqui vai alguma informação duvidosa "cientifica" encontrada nessa grande enciclopédia que é o "Dr. Google. 

Pelo que andei a ler, muito mais que este breve resumo, o meus quistos provavelmente são quistos funcionais, mais propriamente foliculares. Aqui fica a minha experiência: mais ou menos na altura da ovulação tive uma dor mais intensa no baixo ventre, mais localizada no lado esquerdo, que pensei que fosse prisão de ventre ou algo do género. No dia seguinte já estava muito melhor, no entanto a ""sensação estranha" do lado esquerdo permaneceu. E ainda permanece. Nos dias seguintes a sentir essa dor mais forte tive um corrimento avermelhado, a meio do ciclo (a mais de meio para ser exata), mas passados 2 ou 3 dias passou. Aqui vai alguma informação sobre os meus novos companheiros (que serão por algum tempo me parece...). Só espero que não continuem a crescer e a multiplicar-se.


O que é um quisto no ovário?

O quisto de ovário é, portanto, uma bolsa ou saco com líquido em seu interior, que se forma no próprio ovário ou ao redor do mesmo.
Existem vários tipos de quisto no ovário, os mais comuns são os chamados quistos funcionais, que se formam durante o processo de ovulação.

Quistos funcionais

. Quisto folicular 

A cada ciclo menstrual, as variações hormonais estimulam o crescimento de um folículo ovariano, que é um pequeno quisto que contém o óvulo em seu interior. Na metade do ciclo menstrual, esse folículo se rompe e libera o óvulo em direção a uma das trompas. Esse processo chama-se ovulação. Caso o folículo não consiga ser rompido, ele continua a acumular líquidos em seu interior e a crescer, formando um quisto. Todo folículo não rompido que atinge, pelo menos, 2,5 cm de diâmetro é chamado de quisto folicular.
Normalmente sua formação ocorre durante a ovulação e pode alcançar o diâmetro de 5,8 centímetros. Apresenta parede delgada preenchida por fluido claro. Sua ruptura pode ocasionar forte dor no lado do ovário em que apareceu. Essa dor aparece durante o ciclo menstrual, durante a ovulação. 
O quisto folicular é o quisto ovariano mais comum de todos e ocorre principalmente em mulheres jovens. Este tipo de quisto costuma desaparecer espontaneamente após algumas semanas.

- Quisto do corpo lúteo

Quando no momento da ovulação o folículo ovariano rompe-se e liberta o óvulo, ele passa a se chamar corpo lúteo. O papel do corpo lúteo é produzir estrogénio e progesterona de forma a preparar o útero e o organismo da mulher para receber uma gravidez. Caso o óvulo libertado não seja fecundado, o corpo lúteo involui e desaparece em poucos dias.
O cisto de corpo lúteo surge quando logo após o seu rompimento para liberação do óvulo, ele volta a se fechar, passando a acumular líquido em seu interior. O cisto de corpo lúteo costuma ter mais de 3 cm de diâmetro e também desaparece espontaneamente após algumas semanas.
Medicamentos usados no tratamento da infertilidade, como o citrato de clomifeno (Clomid®, Indux®, Serofene®) aumentam o risco de formação de um quisto de corpo lúteo.


Sintomas de quisto no ovário

Os sintomas de quisto no ovário são raros, porém caso cresçam, os quistos podem provocar:
  • Dor na região pélvica;
  • Dor durante as relações;
  • Atraso da menstruação;
  • Aumento da sensibilidade nas mamas;
  • Sangramento vaginal fora do período menstrual;
  • Aumento de peso;
  • Enjoos e vômitos;
  • Cansaço fácil e
  • Dificuldade para engravidar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

É oficial

Vamos adiar um ciclo. (Um ciclo parece-me que não será suficiente mas a ver vamos!)

A produzir folículos os meus ovários foram uns hipócritas mas quistos produzem que é uma maravilha. Hoje lá soube que tenho 2 quistos no ovário esquerdo com 15 e 16 mm. Grandotes segundo o Dr. C. Segundo eu gigantesssss. Parece-me pouco provável impossível que em um ciclo desapareçam.  

E pronto é tudo. Mais dias, meses, de espera.  

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Sobre a consulta de ontem

E saem dois quistos aqui para o ovário esquerdo se faz favor!!

Eu sabia que não devia ter ido à consulta ontem! 
(Estou a brincar... ainda bem que fui para poder tratá-los.) No fundo eu sabia que algo não estava bem daí ter ficado contente por o Dr. C. querer fazer eco antes de começar. Conclusão: 2 comprimidos de estrofen por dia até menstruar e depois nova eco. Mas vamos ter que adiar um ciclo. Um ciclo parece-me que é o Dr. a ser otimista. 

Na verdade podia ter perguntado imensa coisa ao Dr. C. acerca dos quistos, mas não me apeteceu. Ele deve achar que eu sou a paciente mais distante que tem...
-"Estou a ver a ver aqui 2 quistos no ovário esquerdo. Secalhar vamos ter que adiar um ciclo"
-"Ok"
- "Quero fazer nova eco no 2º dia do ciclo"
-"Ok"
- "É tão nova (tenho 30) e tivemos que fazer uma dose enorme de medicação da outra vez..." 
- "Pois..."

Não lhe perguntei absolutamente nada acerca dos dois novos habitantes do meu corpo e na verdade até gostava de saber. Mas assim sou eu a reagir às adversidades. Quando reflicto desabo num pranto... e não é nada bonito de me aturar depois. E depois acordo no dia seguinte e penso: "são SÓ quistos nos ovários", "São só alguns meses na pior das hipóteses à espera de novo tratamento".  

Antes de mim foi consultado um casal que estava à espera de gémeos. Souberam que era um casal. Que alegria tão grande que estavam. Não faço ideia do que passaram para chegar ali... provavelmente também sentiram as suas angústias. Não consegui deixar de sentir-me uma miserável e com imensa pena de mim própria... ainda por cima o meu marido atrasou-se imenso e não conseguiu ir comigo à consulta. É tão mais fácil com ele ao meu lado.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

State on mind

Don't let the fear of what could happen make nothing happen - Doe Zantamata #quotes:  

Parece que daqui a pouco tenho consulta com o Dr. C. e eu só penso:
- Não querooooo ir!!! 

Pensei que como não será a primeira vez que irei fazer uma estimulação ia ser mais fácil, mas sabem que mais? Não é. Aliás não há nada como a santa ignorância. Aquela motivação, louca, que iria correr bem. Afinal nem eu nem o meu marido temos qualquer problema reprodutivo aquilo ia dar para aí 10 embriões e algum se haveria de safar. Não foi assim. Não foram 10. Apensas 4 foram autopsiados. E foram 3 semanas de muita ansiedade (então os dias entre a punção e a hipotética transferência acho que envelheci 5 anos!). Daí o meu medo agora. E sinceramente eu acho que não vai dar em nada. Mas sei que tenho que passar por isto. Só não sei onde vou buscar força e coragem para contornar todas as adversidades que vêm aí. Para já preciso de coragem para ir à consulta de hoje... little steps. Um dia de cada vez e agradecer sempre as coisas boas que tenho na vida. Não me posso esquecer disto. Nunca.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Little steps

Telefonema para a clínica feito. O Dr. quer mesmo fazer uma ecografia antes do início do ciclo que será dia 22 se o meu organismo não me pregar uma partida desta vez. Penso que a ecografia será para escolher melhor a medicação que irei fazer. Fico mais tranquila em fazer esta ecografia. E também em estar com o Dr. antes de iniciar a trapalhada toda outra vez. Assim sendo segunda feira lá irei novamente à clínica para me recordar o "bom" que é ecografia atrás de ecografia. Existe sempre a possibilidade de adiar (embora nunca me tenham falado nisso, mas eu quero estar preparada para tudo).

Não tenho a esperança tonta que tinha no início de junho. Tenho consciência que é muito mais provável não dar em nada do que dar em gravidez, mas tenho que ir tentando. Resiliência. Embora já saiba tudo que me espera, e ao contrário do que eu achava que iria acontecer, sinto-me ansiosa. Quem me dera ter um botão para desligar o complicómetro. Ou então ter o poder de viver há margem da minha vida nas próximas semanas. Tipo nos filmes, aquelas pessoas que já passaram para o lado de lá mas continuam a assistir à sua vida... era assim que eu queria passar por isto tudo. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

State on mind

25 Inspiring Hope Quotes:  

Pode muito bem faltar 2 semanas para dar início a um novo tratamento. E digo isto com toda a reserva que existe, pois sei que isto é tão incerto que posso fazer uma ecografia antes e o Dr. decidir adiar um ciclo. Ou dois. Ou três já tanto me faz. Ou melhor tem alturas que penso que tanto me faz como me fez. A minha fé é pouca que vá resultar. E se não resultar terei que tentar outra vez. E outra vez até os astros se alinharem e correr tudo bem. Se é que alguma vez vai correr. E eu, sinceramente não sei se serei capaz. Foi tão desgastante o último tratamento que este, prometi a mim mesma, não será. Vou deixar nadar... o que tiver que ser será. Não vou negar que tenho alguma esperança, se não a tivesse nem valia a pena passar por tudo outra vez, mas todos os momentos tento ignorá-la. Não posso criar expectativas. Tenho que ser muito consciente da dificuldade de todo o processo. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

1 mês... (mais coisa menos coisa)

Having hope will give you courage.:  
 
 Falta um mês para iniciar novo tratamento. Mais dia menos dia. Isto se estiver tudo bem antes de iniciar, que o que eu aprendi da experiência passada foi que a previsibilidade nestas coisas é muito pouca. 
 
Por um lado espero que o tempo passe rápido, estou ansiosa que chegue essa altura. Mas por outro lado tenho pouquíssima fé que vá correr bem. E não sei como irá ser depois daí... Conforta-me saber com o que contar. Já não será novidade. Já sei como é a estimulação, o que sinto, a punção que estava em pânico da outra vez, desta já sei para o que vou... enfim. Até lá vai-se vivendo um dia de cada vez e aproveitando o que de bom a vida vai-nos oferecendo. Uns dias são mais fáceis que outros.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Consulta encerramento de ciclo - 26/7

Every coin has two sides while our life brings both happiness and sadness to us. We don’t know when we will meet the happiness or the sadness. No matter what our life brings us, it can always make us grow and make we feel alive. When we are children, we want to be adults. However,[Read the Rest]:

Não me apetecia nada escrever este post. Assim como não me apetecia nada ir à consulta na passada terça-feira. Mas claro que foi importante ir. Assim como é importante fazer este post. Para encerrar este capítulo de vez (tentar vá...). 

O que aconteceu é que dos 6 embriões que foram fazer o DGPI, 4 tinham a mutação indesejável e 2 não foi possível fazer a autópsia. Ou seja não sobrou nenhum. Foi mau... como eu chorei naquela semana. Mas penso que foi melhor assim. Nem todos eram "bons" embriões (daí não ter sido possível fazer a análise genética), estavam bastante atrasados ou algo desse género... penso que se tivessem sido transferidos provavelmente não tinham implantado. Ao contrário de outros que era "excelentes" embriões mas não dava. Uma porcaria. 

Na verdade nestas 3 semanas que passaram não quis saber mais nada. A ignorância foi o meu escudo. Nem sabia se os embriões eram bons ou maus, só sabia que dos 4 autopsiados, os 4 tinham mutação. O que segundo o Dr. Cristiano é muito pouco provável, um azar do caraças, nunca teve nenhum caso assim. Basicamente cada embrião tem 50% de probabilidade de ter a mutação e os meus 4, todos tinham. 

A consulta foi importante (pois claro que foi, tinha que ser feita, só a minha palermice é que fazia não querer ir) para refletir com o Dr. sobre o que aconteceu e sobre as cenas dos próximos capítulos. Para começar está tudo bem com os meus ovários o que não sendo muito, já é alguma coisa. Quanto a um próximo tratamento só não seria feito se nós não quiséssemos. Na opinião do Prof Alberto Barros (sim, para nós o Prof "serve" para alguma coisa, aliás foi mesmo por ele que fomos para esta clínica) e do Dr. Cristiano o caminho é fazer outro tratamento. E os que forem necessários até atingir o nosso objectivo. Apesar de parecer bastante invasivo (que é afinal de contas andasse a furar ovários), os ovários recuperam rapidamente e os riscos são muito controlados. Assim sendo não há problema para mim em fazer vários tratamentos. Ainda perguntei pela hipótese de ovodoação mas o Dr. Cristiano diz que está fora de questão. Nem lhe pareceu razoável andar a pensar nisso. Só mesmo em último, último caso, para nem ponderar isso para já. Para terminar, na opinião do Dr. podemos otimizar o processo de estimulação. Houve imaturidade a mais no meu processo. Para a próxima vamos começar com uma dose mais elevada desde o início. Vamos correr algum risco de hiperestimular mas concordamos que será melhor assim. Cada embrião a mais que se consiga é bom, é fundamental na verdade. 6 embriões, 2 pouco desenvolvidos, não é lá grande coisa.

Se fiquei super animada com a consulta? Não. Fiquei contente por ter tido 4 embriões que se não tivessem mutação provavelmente (e nestas coisas nunca se sabe) implantariam. Foi bom saber que os clínicos continuam otimistas. Eu é que não recuperei o otimismo. Ainda. Nem sei se algum dia irei recuperar. Mas quero fazer outro tratamento. Pela curiosidade de saber como irá correr. Pelo desejo de ter um bebé. Para dar essa alegria ao meu marido e à restante família. Tenho a certeza que um filho irá tornar a nossa vida mais perfeita. Por isso vou lutar por isso. O Dr. Cristiano usou uma palavra que me parece a mais adequada: é preciso resiliência.  

No ciclo de setembro, que será no final de setembro, iremos voltar à carga. Uma semana antes de menstruar tenho que ligar para a clínica para dizer que quero fazer o tratamento e talvez o Dr. queira fazer uma ecografia antes de começar as picas. Até lá é aproveitar o verão e viver um dia de cada vez com muito amor e agradecer todos os dias as coisas boas que tenho na vida. 

terça-feira, 12 de julho de 2016

State on mind - um semana depois

'When it rains look for rainbows, when its dark look for stars.' Keep holding on, look for the positives in life even when its raining inside your mind ♡:

Adorava escrever aqui que foi sempre fácil, que nunca mais me lembrei da frustração de não ter nenhum embrião para transferir, mas não é, de todo, verdade. Todos os dias dão difíceis, uns mais que outros é certo. Também é verdade que o passar dos dias deu-me clareza para aceitar a situação e não passar 24h por dia a lamentar a triste sina. A vida continua e tenho que estar bem. Pelo meu marido, tenho que estar bem para que ele também esteja, tenho que estar bem por NÓS que é o mais importante para mim. E, acima de tudo, tenho que estar bem por mim. Esta história ainda não acabou, simplesmente está em stand by. E tenho que agradecer algumas, tantas coisas. Ter uma situação financeira confortável que me permite tentar novamente mal seja possível; neste tratamento não ter sofrido nenhuma complicação física. Posso dizer que praticamente me passou ao lado. Até o Mr. Red veio como se nada tivesse acontecido (e eu fiquei feliz... foi como que uma renovação, encerrou o ciclo, posso seguir a minha vida). E acima de tudo tenho que agradecer o privilégio de ter um amor forte e sólido à prova destas contrariedades todas. 

No dia 26 deste mês terei a consulta de fecho de ciclo para confirmar que está tudo bem com os meus ovários e conversar com o Dr. Por mim não havia nada a ser conversado. Agradeço que me afastem de tudo que me faça lembrar esta tentativa falhada, mas sei que é uma consulta importante. Até lá... Carpe Diem

terça-feira, 5 de julho de 2016

Rescaldo deste tratamento

By @jenbpeters  Happy Tuesday! I sketched this the other night and thought it would make  the perfect phone wallpaper. Hope you enjoy!   To download in mint click here.   To download coral click here.:

Ontem fiquei arrasada. Não foi possível transferir nenhum embrião. Um grande azar segundo os médicos. A minha sina segundo eu. Em algumas coisas tenho uma tremenda sorte na vida, em outras um tremendo azar. As p*t@s das probablidades sempre contra mim. Mas adiante, não consigo falar mais nisso, mesmo que virtualmente. 

Ontem estava arrasada. Chorei, questionei, desesperei. Mas hoje não. Hoje consigo ter a racionalidade de aceitar tudo isto. Não vou atirar a toalha ao chão. Quando os médicos acharem que estou recomposta vou fazer novo tratamento. Se vai resultar? Não sei. Mas sei que se não resultar vamos mudas de estratégia. Óvulos doados quem sabe. Embora ache que no nosso caso o parecer do conselho de ética será ir tentando. Mas eu não sei se quero. Muitas dúvidas portanto. Mas pouco mais de 24h se passaram, amanhã terei as ideias mais claras. 

Agora tenho que agradecer as coisas boas que tenho na vida e não lamentar as que não tenho. Foram 3 semanas muito desgastantes. Eu achava que estava preparada para elas, mas talvez não estivesse preparada para tanta pressão. Talvez ainda não tivesse que ser. Tenho imensa pena que um próximo tratamento não tenha a inocência deste. Mas terá a experiência que é mais importante nestas coisas. Pelo menos para ser mais racional. 

Agora é tempo de afastar. De ganhar ânimo. De desligar desta pressão, desta frustração e de seguir em frente. Com um enorme vazio é certo. Toda a vida esteve em stand by estas 3 semanas. E a vida, a minha vida, é mais que isto. 

sexta-feira, 1 de julho de 2016

State on mind

Top 40 Quotes about moving on #happiness quotes:  

Este blog hoje parece o muro das lamentações Deus'ma'libre! 

Não sendo uma pessoa crente não sei explicar muito bem certas coisas. Mas hoje bateu-me uma certeza que isto não vai chegar à transferência. Mas uma certeza tão forte que não me deixou dúvida nenhuma. Isso e o fato de as probabilidades nunca estarem do meu lado. É altamente improvável haver um embrião para transferir. E com isto me preparo para o mês de julho. O mês das férias mas também do aumento de trabalho. Vou poder dedica-me 100% ao trabalho. Vou poder utilizar o meu meio de transporte favorito no verão que é a mota (isto de trabalhar numa cidade caótica para estacionar no verão obriga-nos a inventar e eu fiz da minha PCX a minha melhor amiga), e que bem que me vai saber. Isso e muitas outras coisas. Quem sabe planear uma grande viagem para fazer em novembro. Tudo isso e viver um dia de cada vez até arranjar força e vontade para começar tudo de novo.

Novo mês

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O início de junho marcou um ciclo de enorme esperança. Antes de tudo começar era fácil estar positivo e otimista. Julho começa com uma enorme incerteza. Mas com a certeza que tenho que estar preparada para tudo. Não será um mês fácil. 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Ponto da situação


Há pouco recebi o tão esperado telefonema da clínica. Dos 10 ovócitos retirados, 7 estavam maduros e ainda conseguiram amadurecer 1 em cultura. Dos 8 ovócitos fecundados neste momento temos 6 bem fecundados e 1 que merece ainda muitas dúvidas. Para já é isto. Não é perfeito, mas não está mau... sábado ligam novamente para informar quantos irão fazer a biopsia embrionária (que em princípio será mesmo sábado). 

Quanto a mim, hoje estou praticamente nova. Ontem há noite ainda fiquei apreensiva com as dores de sentia e a ligeira indisposição (secalhar foi por passar a tarde inteira ora deitada, ora sentada no sofá), mas hoje sinto-me francamente bem. Melhor até que nos dias antes da punção.

É tão difícil manter-me positiva ao mesmo tempo que me preparo para o pior. É um exercício bem complexo este. Uma coisa tenho a certeza... amadureci mais neste último mês do que nos restantes quase 30 anos que antecederam esta experiência.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Punção - 29/6

Aqui estou eu em casa, em repouso, após a minha punção :)

Acho que correu tudo bem. Esta etapa está concluída. Agora está nas mãos de Deus, dos biólogos e dos médicos. Já não há nada que eu posso fazer.

Ontem à noite ainda bem que tive o aniversário da minha prima querida, caso contrário tinha stressado bem mais. Mesmo assim não foi fácil controlar a ansiedade. Desde ontem até hoje de manhã só desejava um motivo muito forte para não ir fazer a punção (como se uma situação dessa fizesse algum sentido!!). Claro que era a ansiedade a falar por mim, só queria que passasse tudo. Enfim... a minha mariquice a levar a melhor sobre a racionalidade. Mas agora já está. 

Foram retirados 10 ovócitos. Ainda temos que ver os que estão maduros, os que vão fecundar, os que vão evoluir, os que estarão aptos a fazer o DGPI e depois de feito se há algum para transferir. Um longo e tortuoso caminho para os próximos dias. Certamente que dos 10, muitos serão "perdidos" pelo caminho. Mas como já disse, agora não depende de mim. Só me resta confiar nos profissionais que me acompanham (e eu confio a 100%), na sorte, no destino... em qualquer coisa de transcendente, sei lá.... Nunca fui muito crente, mas acho que nestes dias tenho descoberto uma certa fé em mim que nem sabia que existia.   

Vou ser um pouco mais descritiva quanto ao procedimento porque, tal como disse anteriormente, quando andava por esta Internet fora (e ainda ando lol) em busca de máxima informação sobre FIV e ICSI os blogues de quem já passou por isto ajudaram-me imenso. E também porque estou em casa, sozinha, sem poder fazer grandes esforços, e estar assim parada é novidade para mim, tempo é coisa que não me falta. Espero amanhã voltar ao trabalho caso contrário desespero. 

Então foi assim: a minha punção estava agendada para as 9:10h e aconselharam-me a estar na clínica por volta das 8:30h. E assim foi. Sabia que seria a terceira a fazer a punção. Quando cheguei à clínica chamaram-me para um quarto super confortável para me preparar para o procedimento. Basicamente tive que vestir uma bata e uns chinelos que me deram lá. Ao principio pensei "tenho mesmo que ir sem o meu marido?! acho que não sou capaz!", mas a verdade é que, sozinha naquele quarto, à espera da minha sorte finalmente relaxei um pouco. Às 9:10 em ponto veio a enfermeira buscar-me e fomos para a sala da punção. Aí conheci o anestesista, o biólogo e o Dr. que me fez a punção. Tentaram falar comigo sobre aquelas banalidades para eu relaxar mas confesso que só estava mortinha que me dessem a sedação para eu apagar. E assim foi. Quando acordei já estava no simpático quarto onde me tinha preparado para a punção e estava lá um médico e a enfermeira. Claro que a minha cabeça traiu-me e a primeira coisa que perguntei foi ao médico se era o pai do Dr. Teixeira. Como se isso me importasse alguma coisa lol. A verdade é que na última eco perguntei ao Dr. Teixeira se ía ser ele a fazer a punção e ele disse-me que em princípio seria o pai dele e eu fiquei com isso na cabeça. Ver uma cara conhecida, em quem confiamos, nestes momentos é muito importante. Claro que isto foi no segundo que acordei, ainda baralhada, quando caí em mim só queria o meu marido ali ao meu lado. Não sei se foi realmente rápido ou eu estava toda zonza mas a verdade é que ele apareceu logo logo. E aí finamente eu relaxei. Com ele ao meu lado tudo está bem. Foi só tempo de beber o cházinho e logo logo o Dr. Teixeira veio dizer que tinham retirado 10 óvos e que tinha sido muito bom. Finamente a cara que me dá confiança. Tudo estava bem. Depois foi só esperar 2h e viemos embora. Foram todos muito atenciosos comigo, sempre a ver se estava tudo bem. Ao início não sentia dor nenhuma, mas era graças à sedação. Depois comecei a sentir uma impressão no fundo da barriga que se foi intensificado. A enfermeira ponderou dar-me um pouco de soro, mas com o gelo fui ficando melhor. No fim das 2h já só pensava num café e em comer qualquer coisa de jeito. 

Bem este post já vai longo, aposto que já desistiram todos pelo meio (eu provavelmente tinha desistido lol) mas pronto hoje mereço um desconto lol. Agora não vou dizer que estou como se nada fosse porque não é verdade. Sinto a impressão no fundo da barriga, mas não é nada de especial. Se mariquinhas como eu conseguem, toda a gente consegue! 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

4º Eco - 27/6

4º e última eco. É oficial. A punção será quarta feira. O pior dia que podia ter calhado em termos laborais para mim e para o meu marido. Mas quando decidimos avançar com o tratamento sabíamos que seria uma fase complicada em que teríamos que pôr este projeto em primeiro lugar. Nem sempre é simples conjugar isto tudo. Principalmente quando queremos que o mínimo de pessoas saibam...

Quanto aos meus folículos o Dr. apontou para 7 bem jeitosos. Tem lá mais, mas nem sei se serão puncionados. Mas o Dr. traquilizou-me. Disse que estava tudo bem. O ovário direito que foi o que se fez de difícil agora era o que tinha mais folículos jeitosos. Pelo menos fico com esperança que num próximo tratamento (se for necessário) talvez seja mais fácil acertar com a medicação.  Hoje fiz análise sanguínea à progesterona e ao estradiol. Se estiver tudo bem não recebo nenhum telefonema da clínica. Foi-me receitada a última "pica" e alertado que era a mais importante de todo este processo, e também Progefik 200 para começar a colocar no dia da punção de 8 em 8h).

Assim sendo, a atualizando o protocolo para os próximos dias:

27/6 - Ovitrelle 250 (tem que ser administrada de forma subcutânea rigorosamente 37h antes das puncão. No meu caso será às 20:10h. É uma caneta igual à Gonal-F.)
28/6 - .... apenas e só um comprimido do antibiótico de 3 dias. Que estranho um dia sem picas, sem nada...
29/6 - punção folicular (e que seja o Deus quiser)

Aproveito para deixar a dica a quem fizer tratamento na clínica do Professor Alberto Barros, existe uma farmácia próxima da clínica, chama-se Farmácia do Bessa, que tem a medicação sempre disponível e as meninas são super atenciosas a explicar como se administra. As primeiras doses comprei noutra farmácia, mas além de não terem a medicação disponível notava-se que não estavam minimamente à vontade no assunto.

domingo, 26 de junho de 2016

State on mind

“It’s okay to be scared. Being scared means you’re about to do something really, really brave.”:  

Hoje, em princípio, será o último dia de "picas". E digo em princípio porque nisto nada é certo. Quer dizer acho que amanhã ainda faltará uma. Depois do primeiro imprevisto da má resposta à estimulação, que aparentemente foi solucionada, ou pelo menos atenuada, tenho um medo que me paralisa da punção. Não do ato médico (também tenho, mas tento a todo o custo não ser mariquinhas), mas do resultado. E dos dias que se seguem... serão um turbilhão de emoções. Se eu me achava psicologicamente bem quando comecei este tratamento, pelo menos com a energia necessária para fazê-lo, hoje tenho tanto, mas tanto medo. A minha estratégia, se é que se pode chamar estratégia, é preparar-me para o pior. Fazer planos para os próximos meses, preparar-me psicologicamente para tentar de novo lá para setembro... Focar-me nas coisas boas que tenho na vida e não lamentar esta situação toda.

sábado, 25 de junho de 2016

3ª Eco - 25/6

Hoje foi dia de 3º Eco. E não será a última. Segunda lá estamos nós lá novamente. Em princípio a punção será quarta feira. Hoje os folículos mantinham-se em número, cerca e 16 (não fixei o número ao certo) e estão a crescer dentro do espectável. Hoje o Dr. Teixeira acredita que teremos um número razoável de oócitos na punção. Certezas claro que só no dia. Pode haver folículos sem oócito. Ainda tanta, mas tanta coisa pode acontecer. Que aventura senhores... A nível físico estou um bocado inchada (não sei se caberia nas minhas calças de ganga), mas nada que não se aguente, sinto uma ligeira impressão constante nos ovários (acho eu que são os ovários), que por vezes torna-se mais desagradável, mas nada incapacitante. O Dr. perguntou se tenho sentido enjoos, mas até agora nada de nada. Parece que para resistir à medicação estou cá eu!! Não são só os meus ovários que resistem! O protocolo para os próximos dias é o seguinte:

25/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Menupor (2 ampolas)
26/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Menupor
27/6 -Eco

O meu período de estimulação terá mais dias do que seria suposto. Confesso que já estou um bocado farta de picas. O Gonal-F é super fácil de administrar, mas os outros não. O Orgalutran já vem a injeção pronta, é só administrar. Mas não sei se seria capaz de administrá-la sozinha. Tanto o Menupor como o Luveris é necessário fazer a preparação da injeção. E aquilo tem um bocado que se lhe diga. Valha-me o meu marido. 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

2º Eco - 23/6

Hoje foi dia da 2º Eco. Depois do desapontamento que foi a primeira já ia preparada para tudo. Aliás pensava que acontecesse o que acontecesse ontem tinha sido o último dia de picas. Já fazia planos para realizar na próxima semana e tentar esquecer esta tentativa falhada. Mas enganei-me. E por um lado ainda bem. Hoje tínhamos 13 folículos todos entre os 8 e os 13 mm (penso que mm mas nem sei a unidade em que são medidos... deve ser nm senão os ovários explodiam... bem não sei, adiante). Não é bom mas é bem melhor que na primeira Eco. Para já não está nos planos não fazer punção, mas que foi uma grande surpresa esta lentidão e ineficiência dos ovários, foi. O Dr. Teixeira diz que foi simplesmente um mau ciclo. Ou  seja um azar do caraças.  No lado esquerdo tem vários da mesma dimensão, o que para o Dr. Teixeira é um ótimo sinal. Vamos a ver como isto continua a correr... Para já continuamos com a medicação e sábado é dia de nova Eco. Nas previsões do Dr. Teixeira, e correndo tudo bem (o que é imprevisível) a punção será lá para quarta... oh lentidão de ovários!! Depois da Eco e da consulta com o Dr. Teixeira fomos ao Dr. Cristiano Oliveira para conversar um bocadinho connosco e retificar a medicação. Assim sendo é o seguinte plano:

23/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Menupor (2 ampolas) (o Dr. Cristiano optou por este em detrimento do Luveris)
24/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Menupor
25/6 -Eco

Voltei a ficar com um bocadinho de esperança (cautelosamente com esperança!). Ainda tanta coisa pode correr mal...

segunda-feira, 20 de junho de 2016

1º Eco - 20/6

Parece que a coisa não está a correr como o previsto. Seria de esperar haver uma resposta média/alta à estimulação e estou a ter média/baixa. Só tenho 5 folículos no ovário esquerdo e 2 no direito. O que é muito pouco. O Dr. aumentou a dose de Gonal-F para 225 Ul sc. para os próximos dias e completou com Luveris 1 amp. por dia até a próxima quarta. Quinta é dia de nova Eco e onde se decidirá se é para adiar ou avançar para a punção. O Dr. diz que quando é previsível uma boa resposta à estimulação e quando por qualquer motivo não a há, é melhor adiar e voltar a tentar daqui a 2/3 meses do que avançar. Eu compreendo. 

Acho que tenho que trabalhar a parte da aceitação na minha cabeça antes que isto dê cabo de mim. 

20/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Luveris
21/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Luveris
22/6 - Gonal-F 225 Ul sc. + Orgalutran + Luveris
23/6 - Eco

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ponto da situação

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Por enquanto é isto.

14/6 - 1º dia
15/6 - Gonal-F150 Ul sc.
16/6 - Gonal-F150 Ul sc.
17/6 - Gonal-F150 Ul sc.
18/6 - Gonal-F150 Ul sc.
19/6 - Gonal-F150 Ul sc. + Orgalutran
20/6 - Eco


Para já é este o meu plano de tratamento. Só na segunda terei novidades quando fizer a Eco. 
Ontem tremi por todo o lado para dar a primeira pica com a Gonal-F.  É uma chatice ter que estar no frigorífico. Entre o final do trabalho e uma formação que tive à noite tive que ir a casa. Não sei como farei no fim de semana porque sábado tenho um batizado e domingo uma sunset party de aniversário... A verdade é que mão custa absolutamente nada. Mas eu sou (era) aquela pessoa mariquinhas que vira a cara para o lado para tirar sangue. Não tenho dúvida que acabarei este tratamento uma pessoa muito mais forte. Ontem tivemos que fazer mais umas análises por causa do DGPI e agora é deixar andar. Fisicamente, para já, estou bem. Sinto uma impressão na barriga que certamente será efeito da pica uma vez que o Red nunca me deu nenhuma dar antes. A ver vamos... Psicologicamente sinto que este tratamento não será bem sucedido. As probabilidades jogam sempre contra mim. Se não costuma funcionar à primeira para ninguém porque haveria de correr bem comigo? Acho que é como o meu marido diz... temos que estar preparados para uma maratona. Um dia de cada vez... 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Dois

 

Hoje é um dia de enorme alegria. Faço 2 anos de casada. 

E também resolveu aparecer o Mr. Red para me dar os parabéns e celebrar connosco os 2 anos de casamento. É o início deste ciclo. Que corra o melhor possível...

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Consulta e histeroscopia diagnostica - 7 de junho

The reference is actually Job 11:18, so they got it backwards. But the words are still true.:  

Ontem foi dia de consulta na clínica e da realização do exame que faltava, a histeroscopia diagnóstica. Antes de mais, e porque também "mariquinhas" é o meu nome do meio e andei em busca de bastante informação sobre este exame, devo dizer que às meninas que tenham que fazer este exame que relaxem que o exame é muito simples. Claro que ontem não achava isso e devo ter dificultado um pouco a vida ao simpático médico que me fez o exame, o Dr. Teixeira. Mesmo o meu exame tendo sido complicado, pelos visto já não realizam este exame com especulo há muito tempo, mas o meu teve que ser pois o orifício de entrada do colo do útero estava de difícil acesso (penso que era isso, mas não entendo muito dessas coisas). Com a introdução do especulo tudo se facilitou e o Dr. até disse que o exame em si foi muito simples, estava tudo bem (thanks God!) e tranquilizou-me que esse difícil acesso em nada condicionaria o restante tratamento. Apesar de não ter sido tão simples como para a maioria das meninas, posso dizer que não custou praticamente nada e não tive nenhum efeito recorrente do exame como dor (uma ligeira, mas muito ligeira sensação no fundo da barriga) nem nenhum sangramento até agora.

Quando ao restante da consulta, só tivemos boas notícias. Estava tudo bem com os nossos exames e vamos começar o tratamento no início do próximo ciclo, que deverá ser no início da próxima semana (MEDO). Já fui à farmácia comprar a caneta Gonal-F e hoje vou buscar. Também me foi receitado um antibiótico de 3 dias por causa da histeroscopia e ácido fólico para tomar 1 comprimido por dia. O Dr. Cristiano diz que todo o processo até à tranferência, correndo tudo bem, são cerca de 15 dias.  Adoro a forma como o Dr. lida com isto... até parece que é tudo muito simples. Só assim mesmo se consegue lidar com tudo isto.

Posso dizer que neste momento estou bastante ansiosa. Vai ser todo um mundo novo para mim. Picas, ecografias, ter que gerir tudo com o trabalho, com as festas que aí vêm (vamos tentar ser o máximo descretos em relação a isto tudo, para não preocupar ninguém e nos preservar-nos o máximo possível... um dia de cada vez). E medo... muito medo que não resulte. Sei que é bastante improvável que seja há primeira e as probabilidades nunca jogaram muito a meu favor, mas não consigo deixar de desejar que dê tudo certo agora. Que se consiga um número razoável de embriões, que no DGPI pelo menos um seja saudável e dê para transferir... e depois, claro, que se implante. É uma longa e imprevisível caminhada esta...

quarta-feira, 1 de junho de 2016

State on mind - novo mês, nova esperança

http://www.goodmorningquote.com/short-inspirational-quotes-about-strength/:  

E hoje começa um novo mês. Em cada início de mês uma nova esperança se renova. E este mês teremos novidade na consulta de dia 7. Por vezes dou por mim a pensar: "será que a histeroscopia vai doer?"  "será que vai estar tudo bem e vamos poder avançar com o tratamento?" "será que vai ser já no ciclo que se inicia lá para meio de junho? E se sim como será se calhar a punção no São João e a clínica estiver fechada para fim de semana prolongado?" "será que será em julho e vai impossibilitar a nossa ida de férias?" "será?..." "será?..." Tantas e tantas perguntas para as quais, tenho aprendido, não tenho resposta. E por vezes tenho medo... um medo paralisante. Não (só...) da dor física mas da dor na alma que este tratamento pode trazer. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

State on mind

32 Beautiful Motivational Quotes That'll Give You Life:  

Para pessoas ansiosas e impacientes como eu, este processo todo era expectável que fosse um autêntico tormento. E não é fácil. De todo. Não há dia que não olhe para a fantástica aplicação Clue (é uma aplicação gratuita onde podemos inserir dados do nosso ciclo menstrual e nos dá uma estimativa dos próximos, é muito útil) e não faça previsões de como será e como não será, e claro que o meu cérebro não me dá descanso. Mas pensei que poderia ser bem pior. O segredo está em viver um dia de cada vez. É esse o meu lema nesta vida. Vai haver dias mais difíceis que outros, vai haver angústias, desilusões e alegrias imensas também (I hope!!). Ou então não. E tenho que aceitar o que a vida tem para mim. Fazer uma FIV tem destas coisas.... aprendemos que somos um pião na nossa história, que há processos que não podemos agilizar e só nos resta esperar, e esperar, e esperar... e ainda só estou à espera do dia 7 de junho para realizar a histeroscopia e ver o que o Dr. Cristiano Oliveira terá para nos dizer. A primeira de muitas esperas. 

Já agora já recebi o resultados das minhas análises sanguíneas. Fiz a colheita no sábado e segunda ao final do dia já estavam no meu mail. Do que vou lendo por esta internet fora parece que a análise à hormona anti-mulleriana é muito importante nestes processos A minha é 2,8 ng/mL. Está dentro do intervalo expectável mas pouco mais que isso sei sobre ela. Já li sites que diz que o normal é entre 3 e 10 ng/mL, já vi outros em que acima de 2 esperam-se bons resultados à estimulação... a ver vamos o que o Dr. diz.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Ponto da situação

Hoje foi o início do último ciclo antes de iniciar o tratamento (espero eu!), Mr. Red (adoro tratar o período, a menstruação, por este nome!) resolveu dar o ar de sua graça. Hoje é então o 1º dia de um novo ciclo menstrual. O anterior foi de 24 dias (assim como o anterior...parece que é esta a minha rotina de ciclo... I think). Assim sendo tenho que fazer as análises sanguíneas que me foram prescritas pelo Dr. Cristiano entre o 2º e o 4º dia do ciclo. Como amanhã é o 2º dia e é sábado tenciono aproveitar para fazê-las. Embora tenha um dia complicado, o dia inteiro em formação, acho que é preferível ir para o Porto amanhã que está mais calmo que na segunda (4º dia do ciclo) que o trânsito estará infernal de manhã. Assim sendo, depois de fazer essas análises, só fica a faltar a histeroscopia, assim como todos os resultados dos exames realizados, a ver se temos luz verde para começar o tratamento no meu próximo ciclo, em junho. A ver vamos... isto é, se estiver tudo bem connosco (I hope!!).

A consulta com o Dr. Cristiano Oliveira

No dia 5 de maio tivemos a primeira consulta com o ginecologista, o Dr. Cristiano Oliveira. Um amor de pessoa tenho que acrescentar. Nessa consulta fiz a minha primeira Eco deste processo. Estava a meio de um ciclo e estava tudo normal (dos parâmetros que ele avaliou). Também me pesaram e ficaram com algumas informações sobre a regularidade e abundância dos meus ciclos. Deixei de tomar a pílula em fevereiro deste ano e os meus ciclos são +/- previsíveis: entre 24 a 27 dias e 5/7 dias menstruada. Nessa consulta o Dr. mostrou-nos que temos 50% de probabilidade de ter sucesso no primeiro tratamento e também me tranquilizou bastante. Eu sei que são só palavras, mas quando nos sentimos fragilizados, quando nos sentimos uns aliens que para aqui andam, alguém como um médico experiente nesses processos dizer-nos que vai correr tudo bem, soa-nos a música nos ouvidos.

E assim nos encontramos neste momento. A tratar de reunir todos os exames para que no próximo dia 7 de junho, data prevista para a realização da histeroscopia diagnostica, tenhamos tudo pronto para dar continuidade a este processo. Espero que esteja tudo bem connosco a nível ginecológico e urológico e não haja nenhum problema que nos impeça de seguir para a FIV.

Para quem possa vir a passar por este processo, nesta clínica os exames que nos foram pedidos foram os seguintes:

. Para mim:
- histeroscopia diagnóstica
- análise há hormona anti mulleriana
- análise ao sangue (hormonas tiróideias, estradiol, grupo sanguíneo, VIH, sífilis e mais uma série de outras coisas)
-  análise genética ao cariótipo (realizada no Hospital de São João no Porto)

. Para ele:
- espermograma (realizado sob marcação na clínica AB)
- análise sanguínea
- análise genética ao cariótipo (realizada no Hospital de São João no Porto)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

A escolha do local

Ambas as clínicas nos receberam muito bem, e pareceram-nos excelentes locais para fazer o tratamento. Aliás só tenho coisas positivas a dizer da IVI. Mas, na verdade, a clínica AB é a adequada para nós. E até à data, só posso sentir-me grata por existir um local como a clínica AB para passar pela experiência que será uma fertilização in vitro. 

A primeira consulta, a 8 de março, foi com o Prof. Alberto Barros onde contámos a nossa história e conversámos sobre as expetativas do nosso caso. Penso que é assim com todos os casais. No final da consulta é-nos sugerido marcar consulta com o Dr. Cristiano Oliveira que é o ginecologista responsável da clínica. O Porf. é geneticista. No nosso caso essa consulta demorou um pouco a ser marcada, não por disponibilidade da clínica mas porque haviam alguns assuntos que necessitavam de ser tratados antes do tratamento. Assim, no dia 5 de Maio tivemos a primeira consulta com o Dr. Cristiano. 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

1º Passo desta aventura

Quando procuramos informação sobre o local ideal onde dar início a este processo, só dois locais me pareceram os ideais para começar esta aventura: a clínica IVI em Lisboa e o Centro da Genética da Reprodução - Prof. Alberto Barros (designarei de AB daqui para a frente para ser mais simples) no Porto. Foram os locais que mereceram a nossa atenção e também garantiam o tal DGPI que no nosso caso é o motivo da nossa FIV. Não é fácil uma primeira consulta nestas duas clínicas, tivemos que esperar cerca de 1 mês para termos a consulta na IVI e quase 2 meses na clínica AB. Assim a 12 de fevereiro fomos consultados na IVI e a 8 de março na AB.

terça-feira, 17 de maio de 2016

O meu conto de fadas

Era uma vez,

Num reino muito distante....

Agora a sério. 

Olá queridas,

Resolvi criar este blog para partilhar a minha história, o meu conto de fadas. Para muitos não seria um conto de fadas, mas para mim é. Na verdade além de pensar que a minha partilha irá ajudar pessoas que procurem informação sobre os temas abordados, também será um escape para mim para poder partilhar os meus medos e as minhas angústias (espero também partilhar boas notícias...)

A verdade é que escrevo este blog numa fase muito importante da minha vida. Eu e o meu príncipe resolvemos que este seria o ano que tentaríamos aumentar a família. Sabíamos que enfrentaríamos uma dura batalha que, esperamos, tenha um final feliz. Para muitas pessoas que se debatem na terrível batalha que é a infertilidade a FIV (fertilização in vitro) é o fim de linha, a última chance. Depois de anos e anos de tentativas (assuta-me o número de anos e tratamentos por que muitas pessoas têm que passar para conseguirem atingir o seu sonho!), é que é equacionada a hipótese desse difícil e imprevisível tratamento. No nosso caso fomos poupados a esse desgaste; sabíamos à partida que a FIV era o nosso milagre pois nos permitiria um DGPI (diagnóstico genético pré-implantação). 

A assim começa o capítulo deste conto de fadas, o meu conto de fadas, a conceção de um filho...