terça-feira, 30 de maio de 2017

ERA report

Felizmente já sei o resultado da biópsia. Foi bem mais rápido que os 10 dias e ainda bem. Digo felizmente porque finalmente temos resposta para algumas situações.

O resultado do exame foi "endométrio pós recetivo". E este resultado foi o melhor resultado que poderia dar do ponto de vista de compreender a situação. Significa que estamos a fazer a transferência mais tarde do que seria suposto, logo o embrião tem poucas hipóteses de implantar. Provavelmente tenho realmente uma fase lútea menor que 14 dias, e isso a progesterona intermuscular poderá ajudar ou não, mas transferindo um dia antes sempre damos mais hipótese ao embrião de implantar... Uma coisa é certa, tenho a janela de implantação deslocada relativamente ao padronizado. Eu disse que era uma ave rara. Ainda bem que existem estes exames cada vez mais específicos para quem sai fora do padrão como eu.

A Dra. C. acha que podemos avançar já para uma nova transferência. Faria sentido fazer uma histeroscopia se o resultado do exame viesse normal. Uma vez que um endometrio pós recetivo justifica a não implantação e é coerente com uma fase lútea menor, podemos com segurança fazer a TEC. Se não correr bem, fazemos o estudo a eventuais problemas no útero (mas isso sou eu a supor). Assim sendo, desta vez vamos fazer a transferência um dia antes do habitual, e agora é rezar para que o endometrio esteja a crescer bem e não pregue nenhuma surpresa quando for fazer a avaliação na próxima semana.

Fiquei contente com o resultado do exame. Deu-me uma nova esperança. Arrisco dizer que farei esta TEC com mais esperança que a anterior. Estão justificadas algumas questões. Digo isto agora, daqui a alguns dias não sei. Mas nesta história da infertilidade em que os momentos maus são incomparavelmente maiores que os bons, tenho que me permitir a estar feliz hoje. Amanhã logo se vê.

  

sábado, 27 de maio de 2017

Tempos de mudança

Ontem fui presenteada com o Mr. Red. Um ciclo de 22 dias, é uma fase lutea de 10. O meu marido acredita que foi normal, tomei progesterona intramuscular durante 6 dias, quando parei evidentemente o meu copo sentiu falta dela. Para mim não há explicação possível. Segunda vou ligar para a Dra. C. a contar o ocorrido e vou sentir-me novamente uma ave rara. E entrei em desespero... não saber o que se anda a passar comigo anda a consumir-me... pela primeira vez sinto-me a perder a esperança é entrei em desespero.

Depois de uma longa conversa com o meu marido senti-me em paz. Pela primeira vez senti uma certa paz em visualizar o nosso futuro sem filhos. Essa ideia já não me assustou, e cada vez faz mais sentido para mim, para a minha situação. Acho que pela primeira vez acreditei verdadeiramente no meu marido quando diz que não será o fim do mundo se não tiver filhos, e que só quer aproveitar os melhores anos da nossa vida comigo. Os filhos seriam um ótimo acréscimo, mas se não acontecer paciência. E ele é também a minha prioridade, o meu amor maior. Secalhar conseguimos mesmo viver uma vida feliz sem filhos, é uma questão de encerrar este assunto e seguir em frente. Evidentemente estamos num ponto que não podemos desistir. Temos 6 embriões congelados... e até acabarem vamos lutar por eles, mas depois acabou. E até lá só espero aprender de uma vez a viver com a ansiedade e a incerteza. Não tenho outra alternativa. 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Resumo de 1 ano de infertilidade

Já passou 1 ano desde a primeira consulta de infertilidade propriamente dita. Verdadeiramente foi no início de 2016 que começou a nossa luta por um filho saudável. Mas a primeira consulta de ginecologia especificamente foi no início de maio e a primeira pica da primeira estimulação foi dia 15 de junho (1 dia depois do 2º aniversário de casamento). Desde aí até então já passamos por tanto... 

Há 1 ano atrás, do ponto de vista da infertilidade, era um caso simples de resolver. Era só arranjar um embrião viável no DGPI e o resto estava feito. Afinal nenhum de nós tinha problema reprodutivos. Aliás  os exames hormonais e anti-mullerianos previam uma estimulação fácil, tudo maravilha portanto. Hoje já passamos por dois tratamentos com DGPI, o nosso plano inicial, uma primeira estimulação que começou mal, mas chegamos ao fim com 4 embriões autopsiados mas todos mutados. Uma estimulação sem transferência e um grande choque emocional. O primeiro...Um grande azar. Obviamente tínhamos que seguir o plano novamente. A 2ª estimulação correu bem melhor, um resultado bastante melhor embora com doses muito grandes de hormonas, onde foram biopsados 6 embriões e 2 não tinham mutação e foram transferidos. Até aqui tudo bem... o pior foi ter menstruado ao 7º dia após a transferência. Entre as duas estimulações ainda apareceu um quisto folicular no ovário esquerdo que me enervou à brava e me fez esperar 3 meses para fazer um novo tratamento. Depois de 2 tratamentos falhados, o tempo a passar, claramente com estimulações difíceis, resolvemos mudar de estratégia. Otimizar o processo e recorrer a ovodoação. A verdade é que a idade vai avançando, eu tenho claramente o tempo contra mim, não posso andar nisto até muito mais tempo por uma questão de saúde. E a verdade é que, aparentemente temos a questão dos embriões resolvidos. Temos 6 bons embriões à espera que estejam reunidas as condições ideias para se implantarem. Já fizemos uma TEC com esses embriões onde menstruei precisamente ao 7ºdia como na 1º transferência... e agora já não pudemos culpar o acaso. Temos sim, que perceber o problema e tentar resolver. Tem dias que penso que não terá solução... secalhar é porque não tem que ser. Já começam a ser demasiados obstáculos... mas no meu íntimo ainda não desisti de dar um filho ao meu marido. Marido esse que me diz que se não tiver filhos certamente não será o fim do mundo... Já eu, quando me disserem que acabou a esperança, não sei se não será o "meu fim do mundo".

Tudo isto para refletir que o último ano não foi fácil. Foram algumas viagens que deixaram de ser feitas por dar sempre prioridade aos tratamentos. O trabalho passou a ser a menor das minhas preocupações. Afastei-me de muitos amigos pois não consigo conviver com grávidas, bebés e vidas perfeitas (shame on me), acho que envelheci 10 anos... há 1 ano atrás via ao espelho uma menina, hoje vejo uma mulher com muita tristeza. Neste último ano perdi muita coisa... mas a mais importante e castradora foi a capacidade de sonhar. E essa só a recuperarei se conseguir dar um filho ao meu marido. Até lá... limito-me a viver um dia depois do outro, e neste momento move-me a necessidade de perceber o porquê de não resultar comigo, o que é aparentemente fácil com outras mulheres. 

terça-feira, 23 de maio de 2017

Já ERA

E o ERA já está. Daqui a cerca de 10 dias sei o resultado.

Certamente que não é como comer um gelado mas também fiz um filme muito, mas muito pior na minha cabeça. Digamos que é semelhante ao papanicolau. Eu avisei que era a maior mariquinhas da história da infertilidade. Agora é viver com o desconforto causado por mais umas horas e rezar para que o resultado seja, pelo menos conclusivo e não tenha que repetir este exame.

Essa foi a parte boa. A parte má é que a Dra. C. não acha "normais" os meus escapes sanguíneos. Muito menos com a progesterona intramuscular como estava a tomar. Claro que não são normais. É necessário ter a certeza que está tudo bem com o útero. Não podemos correr riscos e desperdiçar embriões. Claro que não podemos. Basicamente entendi que, seja qual for o resultado do ERA, o próximo passo é fazer uma histeroscopia diagnostica. Eu já fiz uma precisamente há 1 ano atras... mas isso foi antes de começar os tratamentos, muito pode ter sido alterado. Mais um ciclo... e não sei se ficaremos por aqui. Basicamente vejo uma próxima TEC muito longe de acontecer... e só me ocorrem palavras menos bonitas na minha mente. Mas claro que temos que ter a certeza que está tudo bem, e se não estiver tratar, antes de desperdiçar mais embriões. Não esperava outra coisa da IVI... aliás um dos motivos porque escolhi está clinica foi porque me pareceu que não arriscavam nada. E, para pessoas com pouca ou nenhuma fé, só a ciência nos move. Eu quero otimizar ao maximo este processo, daí ter abdicado do meu DNA, mas caramba... já merecia que corresse bem. Não sei... digo eu. 

Perdoem-me o deprimente desabafo, este post era só para dizer a quem me lê que se tiverem que fazer uma biópsia ao endometrio, não custa nada ;-)

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Medos, medos e mais medos

Adorava vir aqui dizer que estou super calma e otimista com o que a infertilidade me reserva. Mas seria tão mentira... aliás hoje é um péssimo dia aqui para estes lados. Penso que ontem se deu a ovulação aqui para estes lados. E não foi nada meiga... tive que tomar um ben-u-ron inclusive. Nada que não aguentasse mas assim foi melhor. Mas o pior nem foi a dor que durou algumas horas, foi o tão detestável spotting, escape menstrual, o que raio se chamar a isto, que se fez acompanhar e ainda para aqui anda. Super discreto, apenas umas manchas avermelhadas no papel higiénico, mas tão deprimente. Tão igual a todos os ciclos anteriores... quer dizer penso que desta vez este escape foi sem duvida a ovulação, pois tomei o pregnyl no dia 16 às 22h e a "crise" deu-se cerca de 24h depois. Ora por que raio isto acontece? Devo ser mesmo uma ave rara. 

Quero pensar que até é bom isto acontecer num ciclo de simulação, que neste ciclo não se perde nada,  mas a verdade é que fiquei com um medo gigante do resultado da biópsia. Claro que já andei a ver no Dr. Google que um pequeno sangramento na altura da ovulação nem tem mal nenhum, é até bom para quem anda "nos treinos", mas para mim é um enorme frustração estes escapes. A verdade é que eles aconteceram num ciclo onde a ovulação esteve inibida pelo cetrotide, aconteceram o ciclo passado precisamente um dia antes do pregnyl (logo dificilmente foram a ovulação pois fiz eco 1 dia antes e o foliculo só tinha 15mm.) logo não sei a que se devem... gostava de pensar que tem a ver com a ovulação, e embora este ciclo pareça que sim, não sei se serão tão inofencivos assim. Se ontem estava preocupada com a dor que pudesse sentir no ERA, hoje só tenho medo do seu resultado. Que venha de lá um resultado "endometrio não receptivo". Ou que esteja tudo bem, faça a TEC e volte a acontecer a mesmíssima coisa. Medos, medos, e mais medos. Quando irei a apreender a lidar melhor com estás incertezas, estes medos? Já que não posso mudar o meu estado, posso pelo menos mudar a forma como encaro isto, mas não tem sido nada fácil... 

Logo venha de lá a progesterona intramuscular e certamente os seus efeitos secundários. Levar injeções intramusculares dia sim dia não, não será nada agradável de certeza. Mas isso será o menor dos meus problemas certamente. Valha-me ter um profissional de saúde em casa... pelo menos é dada com carinho o raio da injecção. 


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Next step

Next step... teste ERA.

Ontem lá fui eu (nós, felizmente o meu marido conseguiu ir comigo!) à consulta com a Dra. C. Havia duas possibilidades, agendar uma TEC para este ciclo (se estivesse tudo bem) ou fazer exames. Acho que no fundo não queria fazer outra transferência já. E percebi-o quando a Dra. colocou essa possibilidade. Não queria porque preciso de perceber o que se passa comigo, qual é o meu problema afinal, e porque não estou preparada para passar pelo mesmo novamente. 

Como aconteceu exatamente a mesma coisa nas duas transferências, menstruar no D7, estamos claramente a encontrar um padrão de fase lútea mais curta do que o que seria suposto que são 14 dias, logo temos a implantação dificultada. Poderia correr bem, mas é muito mais difícil. Para melhorar isso temos que administrar progesterona intramuscular para garantir a total absorção da mesma. O que é estranho é o valor no dia da transferência estar ótimo. Pode estar a acontecer que o corpo lúteo não tenha "capacidade" para suportar a fase lútea até o embrião implantado ser capaz de fazê-lo. A progesterona intramuscular (P4) pode ajudar nesse sentido... se irá resolver não sei. Além de introduzirmos esta novidade, também fomos aconselhados pela Dra. C. a realizar o teste ERA ainda este ciclo. Este teste consiste numa biopsia ao endométrio. No dia que faríamos a transferência, fazemos a biópsia e assim saberemos se ao dia que estamos a transferir, 5 dias após a ovulação e correspondente ao tempo de vida do embrião, o endométrio reune as condições necessárias à implantação. Este teste permite-nos perceber se estamos a transferir no dia ideal e, de acordo com o resultado do exame, antecepitar ou adiar  um ou dois dias a TEC. Basicamente permite determinar o dia em que o endometrio está mais recetivo à implantação. Também pode acontecer de o resultado não ser conclusivo e ser necessário repeti-lo dois ou três dias depois no próximo ciclo. Em momento algum a Dra. disse que era "obrigatório" realizar este teste, mas na opinião dela poderia ser bastante útil no nosso caso. Claro que nós concordámos. Claro que agora a mariquinhas aqui está cheia de medo do exame que pode ser um bocado doloroso. Não estou triste por não fazer a TEC neste ciclo, na verdade estou até aliviada. Além disso sinto que estamos a otimizar o processo. 

Agora vamos às boas notícias, o endometrio ao 11º dia do ciclo, estava belíssimo e tinha um folículo dominante de 19mm. Tudo normalíssimo... não fosse o desfecho da última TEC e a Dra. disse que aparentemente tinha todas as condições para uma transferência bem sucedida. Senti que ela ponderou cancelar o ERA e arriscar a transferência... mas disse-lhe que preferia fazer o teste primeiro. Não me posso dar ao luxo de desperdiçar embriões. E não posso continuar a ter a menstruação ao D7 caso contrário dou em maluca.  Mas fiquei contente com o meu endometrio... aliás nas palavras da Dra. é "curioso" como este endometrio que cresce tão bem naturalmente reagiu tão mal ao Estrofen e aos pensos. O ERA pode ajudar-nos a perceber isso também... Eu acho que a explicação é simples, ou tenho má receptividade, e penso que o ERA determinará isso, ou então tinha feito um estimulação fortíssima com as doses máximas, seguida de um ciclo todo maluco, outro de apenas 18 dias de pílula. e outro onde comecei o Estrofen já no 4º dia do ciclo... secalhar se usasse o Estrofen num ciclo mais "calmo" a resposta teria sido diferente... mas isto sou tudo eu a supor. 

Resumindo tudo isto, este ciclo vamos simular o que irá acontecer num próximo ciclo de TEC. Ontem administrei o Pregnyl às 22h, e nos dias 18, 20 e 22 irei administrar a P4, no dia 23 é a biopsia. Saímos da IVI às 20:45h, ainda fomos à farmácia do Oriente comprar o fármaco e administamo-lo numa área de serviço Iupiii. Para animar mais a situação o meu marido cortou-se a abrir o Pregnyl (como sempre... não entendo porque não fazem aquilo de forma mais simples de abrir!!) e como homem que é, foi o fim do mundo, meu Deus que ia precisar de pontos. (Um big LOL para ele que é tão forte numa coisas e tão mariquinhas em outras. Foi um cortesinho de nada.).  A nossa vida é uma loucura eu bem digo... mas são estas loucuras que nos têm unido.  

E pronto agora lá vou eu entupir-me de informação sobre o ERA e panicar um bocadinho.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Nós por cá

Estamos de férias... eram para ter sido em Itália, uma road trip, ou em Cuba. Quando percebemos que íamos estar em tratamento abandonamos essas ideias. Valha-nos o sul que felizmente está sempre à nossa disposição.

Foi na praia, na minha praia preferida, que recebi o telefone da Dra. C. para o rescaldo deste tratamento. Basicamente ela nem queria acreditar no que aconteceu (como se eu não lhe tivesse dito para aí umas 20 vezes o que tinha acontecido no passado). Basicamente, temos consulta no próximo dia 16 e vamos ver... ou tenho uma fase folicular muito curta (não lhe parece pois ao 10º dia tinha um foliculos de 15, era muito pequeno para ovular) ou a fase lutea muito curta. E isto não é nada bom... só uma coisa pode ser feita que é aumentar a dose de progesterona. No dia da TEC a progesterona estava boa, mas por qualquer motivo não é sustentável. Na próxima TEC muito provavelmente irei levar progesterona intra muscular. No dia 16, será o 12º dia do ciclo, já veremos se já ovulei (foliculos pequenos e ineficazes) ou como isto está... ou seja logo veremos. Mas outra coisa além da progesterona intramuscular vai acontecer, vou ter monitorizações mais regulares. Mais uma vez, o que parecia simples, está um caso bicudo. Provavelmente, mesmo que quisesse engravidar naturalmente, ia ser um caso sério. Iríamos acabar na PMA na mesma... a ironia disto tudo. 

E eu continuo com esperança. Podem achar que sou louca, ou então é por estar de férias, mas acho que finalmente vai ser feita alguma coisa para melhorar o processo. Eu sabia que não foi valorizado o que aconteceu na transferencia do DGPI, não sei se a intra muscular vai adiantar alguma coisa, mas pelo menos ainda há alguma coisa a ser feita... Começasse com o protocolo simples, chapa 5 como se diz na minha terra, depois vai-se adaptando. Ainda bem que ainda restam 6 embriões... veremos se serão suficientes.

A Dra. C. e o meu marido continuam otimistas. Eu gostava de pensar que sim... mas este caminho está cada vez mais difícil de percorrer.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

TEC 1 - negativo

Infelizmente penso que o desfecho desta transferência será igual à outra. Negativissimo.

Nem me vou preocupar com o facto de a menstruação começar hoje (se é que está a começar), porque os meus ciclos são em média de 25 dias e são regulares. Hoje é o 24º dia do ciclo... menos um dia que o esperado. Penso que não é  nada mais além do facto dos meus ciclos serem curtos... não é por me terem posto cá um embrião que o ciclo iria aumentar. Isso e o projefikk não atrasar-me... mais uma das minhas hiposensibilidades. Como não  implanta, é indiferente vir ao 7º, 8º ou 11º dia... mas é uma chatice. Mais um que não implantou... isso sim é que me preocupa, mas não me surpreende.

Ontem à noite saiu uma manchinha rosadinha e hoje um corrimento acastanhado. A minha menstruação não começa assim, mas deve ser efeito da progesterona. Conto até ao fim do dia já ter o "sangue vivo". valham-me os 6 embriões congelados... mas agora não consigo pensar no que se segue. Ontem fiquei triste... muito triste... mas não chorei. Nem vou chorar... não há nada que posso fazer para mudar isto. Entretanto fiz um teste de farmácia que obviamente deu negativo... só me resta arranjar coragem para ligar para a IVI e para seguir em frente também...

quinta-feira, 4 de maio de 2017

TEC 1 - Dia 5

Infelizmente acho que está TEC terá o mesmo desfecho da ultima transferência... a menstruação virá antes, muito antes, do beta HCG. Se estou cheia de medo do dos dias que se seguem? Claro que estou... aliás estou a tentar estar em paz e aceitar o desfecho, seja ele qual for. Mas a ligeira, muito ligeira manda de sangue que ficou no papel quando me limpei (perdão pela descrição), levou toda a pouquíssima esperança que ainda tinha. Eu já nem pedia uma transferência positiva... só queria ser "normal" é esperar pela análise para saber o seu desfecho. Se voltar a acontecer, o que acho que vai acontecer, deixa-me sem rumo... sem opções... embora não tenha nenhum problema de fertilidade identificado (além de uma anomalia genética), devo ser mesmo muito anormal para isto me voltar a acontecer... o problema não está no embrião desta vez. 

terça-feira, 2 de maio de 2017

TEC 1 - Dia 4

Neste momento o embrião já tem 9 dias. Isto se não se tiver evaporado algures pelo meu corpo. Que é o mais provável ter acontecido... Provavelmente quando não implanta, torna-se um mísero vestígio endometrial que é expedido na menstruação. Na verdade não sei o que lhe acontece.

Hoje é apenas o 4º dia após a TEC e começo a desesperar. Isto nunca mais passa... o tempo não passa. Este indecisão, indefinição é um tormento. Ainda por cima hoje fui invadida por alguma esperança... e não queria. Não posso acreditar que vai correr bem. Depois a desilusão é maior... Em boa verdade a desilusão é muito grande de qualquer maneira. Preciso de arranjar alguma forma mental de lidar com isto... ainda falta uma semana para a análise HCG (isto se chegarmos lá claro... se não for para ser de certeza que Mr. Red vem antes...). 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

TEC 1 - Dia 3

So far, so good...

Digo-vos uma coisa, se este embrião implantar será um autêntico milagre e ele um autêntico campeão . Cheguei agora a casa de um maravilhos fim de semana prolongado. Não fiz grandes esforços, é verdade, mas caminhei alguma coisa (bastante) e andei muito de carro. Secalhar devia ter feito mais repouso... ou então não. Da outra vez fiquei em casa 4 dias, praticamente sem fazer nada, e não foi por isso que correu bem... mas as condições eram obviamente diferentes. Nunca saberei se foi por  não ter feito lá muito repouso que não funcionou... talvez na próxima fique em casa após a transferência, não sei, logo se vê. 

Mas vamos a factos, hoje é o terceiro dia após a transferência e ainda não há sinal de red. Mas nem seria suposto uma vez que foi feito em ciclo natural e a data previsto da sua graça é na próxima sexta/sábado. Obviamente que o insucesso só será confirmado com a sua presença (não acredito que não virá até ao dia do beta). Tirando isso... o projefikk já está a causar a habitual tensão mamaria e a minha bexiga nunca mais foi a mesma depois da transferência (já na outra transferência aconteceu isso). Tirando isso... nada de novo. O que é uma pena...