sábado, 24 de março de 2018

state on mind

Learn to let go you'll know what and when, when the time comes

Eu sei que o mood deste blog não tem andado grande coisa e que daqui a pouco ninguém tem paciência para as minhas lamurias. Até nós que andamos pela infertilidade gostamos de blogues positivos, blogues de pessoas optimistas e prontas a enfrentar as maiores tormentas. 

Atualmente eu não sou essa pessoa. Já nem sei bem que pessoa eu sou para dizer a verdade. Sou uma pessoa que a cada notícia de uma nova gravidez (e tem sido uma constante...) sente que não aguenta mais. Sente que está ali no limite entre atirar de vez a toalha ao chão e dizer ao mundo de uma vez que NÃO TERÁ FILHOS. É triste? É. Mas é a vida. Acontece é que o meu marido não está pronto para desistir. E nem sequer sei muito bem porquê... 

Tenho perfeita consciência que não ficará mais fácil quando encerrar os tratamentos de vez. Acho até que aí é que começará o verdadeiro tormento. Mas fazer tratamentos nos quais não depositamos a menor fé, também não é fácil. 

A porcaria do resultado da análise que já devia ter saído, não saiu. Não que esteja muito preocupa com a sua sentença. Não mudará nada saber que sou incompatível a embriões (nem sequer é um resultado tão conclusivo que a análise dará, se desse já era bom). Não tenho alternativa a não ser transferir os últimos 3 embriões. Se pelo menos tivesse autorização para transferir os 3 de uma só vez.... Estas inquietações é que me levam a ponderar se não terei mais paz quando acabar com isto de uma vez. 

Eu sei (chamem-lhe o que quiserem, intuição, sexto sentido, o que quiserem) que não vai acontecer. Não vai ser pela PMA que terei um filho, se é que algum dia terei, para ser sincera acho que nunca terei.

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